28.6.19

I love home style #37




Um dia vou ter um portão assim.



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26.6.19

Crescer anda de mãos dadas com o risco



Fiz um enorme investimento para crescer.
Cometi uma loucura.
De cada vez que ganho dinheiro, lá estou eu a investi-lo.
É o milagre do desaparecimento!

Quanto tempo demora para ficar rica?

Novidades em Julho.
Wish me luck! 




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25.6.19

Desejos: "colocar fezes nas caixas de correio dos vizinhos e tacinhas de milho nas varandas"




Até 2019 achava que vivia num prédio com gente do bem, civilizada, mas então as necessidades de uma vizinha levaram à colocação de cortinas de vidro e os umbigos da vizinhança exibiram-se em todo o seu esplendor.

Tem sido inenarrável observar todo o egoísmo e hipocrisia que ali reina, lixando a vida a quem desespera por segurança e higiene, a quem fez investiu um dinheirão, acenando com acções em tribunal, mas acabando todas as comunicações com frases do tipo "muito prezamos a vizinha e sempre manteremos a melhor relação". [Inserir palavrão]. [Inserir palavrão]. [Inserir palavrão].

Isto dá-me vontade de vender a casa a uma família de 10 pessoas de etnia cigana para só assim desejarem ter tido maior cuidado com as necessidade de quem mora na porta ao lado.

Vejamos, há uns anos deu-se no prédio uma praga de pombos em registo apocalipse. Não havia palavras para os cocós que se acumulavam num par de dias, o estado das varandas, a dificuldade de limpar os dejectos, os pombos a barulhar ao raiar do sol... quantas vezes o PAM subiu os estores para se colocar aos gritos às seis da matina, numa vã tentativa de espantar os pombos. No limite chegou mesmo a usar uma pressão de ar.

Acontecer isto num dia seria chato, agora imaginem todos os dias. Era altamente desgastante e perturbador do nosso descanso. Fomos usando várias estratégias, entre elas verdadeiros atentados ao bom gosto, como pendurar alguns compact discs na varanda esperando que o reflexo do disco em arco-íris afugentasse os bichos.

Entretanto, junto de médicos veterinários aprendemos: os pombos (além do inferno e da porcaria que provocam) são chamados de "ratos do ar", transportam todo o tipo de doenças como os ratos. E são animais fiéis, acasalam com a mesma parelha e no mesmo local a vida toda, pelo que livrarmo-nos dos casalinhos roçava o impossível.

Comecei a pensar em colocar uma cortina de vidro na varanda, recebemos a empresa em casa e um orçamento de três mil euros que soou como uma chapada. Não nos apeteceu fazer naquele momento, deixámos para outra altura. Entretanto a Carminho nasceu, colocámos vidros até ao peito na varanda das traseiras e as cortinas de vidro na varanda da frente ficariam para outra altura, quando a criança começasse a andar.

Várias vezes pedimos à administração de condomínio uma reunião sobre este assunto, mas foi-se falando em encontros casuais nas escadas e nunca aconteceu. No espaço de três anos em que isto se passou e com o drama dos pombos, algumas pessoas que eram contra as cortinas de vidro às tantas já eram a favor. Mas nunca se formalizou nada.

O último inverno foi generoso, os pombos quase desertaram, achámos nós. Não desapareceram completamente, mas a situação tornou-se quase suportável, tirando algumas manhãs esporádicas.

E então descobrimos, os pombos não tinham desertado! Apenas mudaram de varanda para a minha vizinha de baixo, para uma divisão da casa que não usa e que tem os estores fechados. O vizinho do lado começou a sentir cheiros, a ter o espaço dele sempre cheio de moscas, um dia debruçou-se na varanda para ver a do lado e deparou-se com um estado de calamidade total: inúmeras famílias, ovos, o aparato de fezes de pombo era tal que havia montes com um palmo de altura (literalmente). Era como se uma casa tivesse sido abandonada e largada aos pombos.

A vizinha foi então alertada, foi até à varanda da divisão que não usa, encontrou um problema de risco biológico. Teve de contratar um serviço especializado, daqueles que limpam cenas de homicídios, o que lhe custou 4.365,45€. Trocos!

Ora, isto não ia resolver o problema, isto apenas serviu para limpar a varanda, os pombos ali continuariam, o que também foi informação cedida pela empresa de limpeza. Então, falou com o administrador de condomínio (e vizinho do lado afectado) sobre a colocação de cortinas de vidro. Chamou uma empresa, mostrou o orçamento e tal, passaram umas semanas, a vizinha colocou as cortinas de vidro ao valor de 4.082,37€ e deu-se um "ai jesus" no prédio.

Honestamente, eu nem reparei nas cortinas de vidro colocadas. Já tinham passado alguns dias quando alguém reparou e deu o alarme. E ninguém reparou porque não existe impacto arquitectónico!

Uma curiosidade é que as cortinas não eram minhas por acaso. Desconhecia o que se passava no andar de baixo e estava prestes a avançar com as minhas cortinas de vidro depois de falar com a Câmara Municipal e de me informarem que consideram "uma obra sem relevância urbanística", não existindo uma alteração de estrutura e por isso não carecendo de autorização.

Safei-me por uma questão de semanas e deu-se no prédio um alvoroço numa troca de emails. Marcou-se uma reunião de condomínio que foi a coisa mais triste e degradante de ouvir, um desfile de umbigos enormes, completamente a cagar-se para o facto de eu ter expressado que a varanda me provoca ansiedade (vivo no último andar), expliquei que já encontrei as portas encostadas esquecidas por duas vezes e que a segurança da minha filha é fundamental para mim e para o meu bem-estar mental.

Igualmente, mostraram-se completamente a cagar para a necessidade de higiene da vizinha, tudo com o argumento de que existe uma "marquise" (que não é, isso obriga a uma autorização de obra) e o argumento de se um dia quiserem vender a casa, eventuais compradores podem desistir porque uma das varandas tem vidros. Isto mostra-se ainda mais estúpido quando o prédio tem TODO varandas diferentes porque é assim de origem.

Daquela reunião resultou por maioria (dos presentes) que a vizinha tinha de retirar a cortina de vidro, como se tivesse sido um mero capricho dela.

Juro, tinham de ir parar a uma cadeira de rodas, precisar de montar estruturas elevatórias nos espaços comuns do prédio, sentir o que é uma necessidade e ver um egoísta dizer "voto não porque acho feio". Achei tudo tão triste que me levantei com a desculpa de ter mudar a fralda à cria e abandonei a reunião, deixando o PAM na sala. Não deu para partilhar o ar com tanto egoísmo.

O tempo passou, a vizinha não aceitou o pedido de retirar as cortinas e esta semana recebeu uma carta da administração de condomínio a dizer que vão avançar com uma acção em tribunal. Eu nem sei se isto é legal, podem gastar o dinheiro do condomínio assim, à parva?

Aaaah, mereciam fezes nas caixas do correio e que eu mandasse colocar uma rede de protecção neon na varanda (não é preciso autorização para redes de protecção). Se não fosse apanhada, mandava o drone do PAM às varandas com tacinhas de milho para só assim perceberem como nos afecta na higiene e no bem-estar ter uma praga de pombos em casa. [No caso de algum vizinho me ler, como é evidente, isto é uma ironia].

Entretanto, em fevereiro escrevi este post em que me deram algumas dicas. Há quem pergunte o que diz o regulamento de condomínio (no caso do nosso prédio acho que não existe um regulamento) e quem alegue que a decisão de colocar cortinas de vidro tem de ser aprovada por dois terços dos condóminos. Mas, again, à nossa excepção só compareceram na reunião os moradores contra. Os neutros ou a favor ou não se pronunciaram ou pronunciaram-se sem efeito, pois tudo isto é demasiado burocrático, um simples "a favor ou contra" por email não chega, é preciso uma procuração e eu percebo, as pessoas têm mais do que fazer. Juro que percebo. E por outro lado, outras pessoas há que não sendo da importância na vida delas, não comunicam e desconhece-se se são a favor ou contra. O que opino como desconsideração.

Acontece que este argumento de ter de ser aprovado por maioria de condóminos não chega. A lei diz que o direito à habitação condigna tem protecção constitucional. Também existe o direito a um urbanismo ordenado, mas em caso de colisão, prevalece o que se considera superior.

Entretanto soubemos de dois casos em que o tribunal deu razão a quem colocou as cortinas de vidro, exactamente casos que reflectiam o direito à habitação condigna e de segurança com menores. Infelizmente não consigo obter os acórdãos para mostrar aos vizinhos e ver se poupam o dinheiro do condomínio para ser aplicado no que realmente precisamos, como lâmpadas, pequenas obras, etc.

Portanto, preciso de um/a advogado/a que seja uma barra nesta matéria, que já tenha tido experiências semelhantes anteriormente. E preciso ainda de precedentes em que tenha sido dada razão a quem quis colocar cortinas de vidro por motivos de higiene e/ou segurança. Alguém já passou por isto?


Nota: as cortinas de vidro são painéis de vidro amovíveis que podem ser todos recolhidos a um canto ou podem ser estendidos tapando a varanda e oferecendo segurança, diminuição do ruído, higiene, etc. Não é uma marquise, isso carece de autorização de obra, isto são vidros amovíveis que não carecem de permissão para colocação, no caso da minha Câmara. A estrutura resume-se a calhas aparafusadas ao tecto e chão, colocação de vidros deslizantes nas calhas e é só. No caso de ser necessário retirar só é preciso força de braços e desaparafusadora, não existe obra. No entanto, pelo que investiguei e por ser uma coisa nova, parece não ser igual em todo o país e cada Câmara vê a coisa da sua maneira.





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24.6.19

Sandálias (boas) para criança: é um filme!






Este NÃO É um post encomendado.


Em Maio, quando se deram aqueles calores de verão inesperados, desesperei com os pés da Carmencita. Era suposto ser uma época de temperaturas amenas, tinha calçado confortável para ela a pensar na primavera. Não estava preparada para sandálias, não tinha nada em casa, não estava propriamente com tempo de procurar, senti-me sem saber o que fazer, sabendo que é uma missão quase impossível encontrar calçado de criança confortável, adequado e que não seja feio. A sério, é uma missão.

Eu queria umas sandálias de tiras, normais, simples. Dias antes tinha passado numa loja multimarcas por acaso, estava apenas a fazer tempo, e foi com agrado que reparei que a Chicco é esperta: peguei numa sandálias (estas) para olhar com olhos de "sapateira" e vibrei ao ver que a marca cose o adereço em vez de o colar. Ou seja, para quem gosta das sandálias assim, perfeito. Para quem não gosta do laço, basta descoser com cuidado. É maravilhoso que sejam colocadas as duas hipóteses.

Estava de passagem, não ia com intenção de fazer compras, nem sabia se havia de optar por um tamanho 23 ou 24, mas não me saíram da cabeça. Voltaria mais tarde com a cria, pensei. Mas de repente deu-se um calor abrasador, fui remediando com uns ténis, até que um dia à noite descalcei a criança e até tinha as meias molhadas.

Senti-me tão mal, a minha filha não tem culpa do caos da minha vida. Peguei nela e às dez da noite, com um calor de Agosto, rumei à Chicco do Colombo.

Os primeiros sapatos da Carminho foram Chicco (ler aqui) e não podiam ter-me deixado mais felizes e boas memórias. De todas as marcas que conheço para este segmento, a Chicco é quem reúne a melhor relação qualidade/preço. Ao nível de qualidade das peles, forro interior, palmilha e forro, estão num pódio de sucesso.

Mas naquele dia cheguei ao Colombo e não tinham as sandálias brancas que me tinham ficado no pensamento. Foi uma facada nos meus planos! Explorei o que havia e descobri estas, as Ceryl (que descobri agora também há em branco, mas não havia na loja). Gostei imediatamente das sandálias, o que importa está lá, mas se gostava das estrelas não sabia dizer. Tenho a certeza que gostaria se as estrelas fossem da mesma pele que as tiras, assim em brilhante deixavam-me dúvidas. Mas tal como as Calista, as Ceryl tinham as estrelas cosidas que eu pensei "se não gostar tiro mais tarde".

A estreia revelou-se óptima, nem uma bolha, nem uma marca, boa qualidade de materiais, boa palmilha, sola impecável, correspondeu perfeitamente às expectativas. Andou os primeiros dias com as sandálias com estrelas, mais tarde descosi para ser mais fácil de combinar com as roupas.

Para quem tem filhos pequenos, raparigas ou rapazes, garanto que não se arrependem desta compra. Ao tirar as estrelas o modelo é completamente unissexo. E podem aproveitar a época que está em promoções. Quase me dá vontade de arriscar e comprar já para o ano que vem. É que é tão difícil encontrar bons sapatos que penso nestas estratégias de comprar por antecipação.

Sem querer enveredar pelo segmento infantil nos meus negócios, um dos meus sonhos recentes era ter a Chicco a convidar-me para criar dois ou três modelos com aquelas palmilhas e solas que só eles fazem. Adorava, adorava! Se me lêem, pick me, pick me! Leitoras, digam lá se não era boa ideia? Vá, sonhar não custa.





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21.6.19

Going to the movies: Rocketman



Trailer aqui

Sublime. Mas sublime, mesmo.

Há meses, quando vi o trailer do Rocketman, fiquei em pulgas para ver o filme. Ah, eu queria que fosse logo no dia a seguir e ainda faltava tanto tempo. O Elton John faz parte da minha infância, da minha adolescência, era o que a minha mãe ouvia e ouve, os meus tios, sei letras e letras de memória. Estava cá dentro um bom feeling e uma vontade enorme de ver o filme.

Tirei uma tarde de trabalho para ir ver o filme e quando começou levei um murro no estômago: é meio musical (não se percebe no trailer) e eu não gosto de musicais. Nem o PAM. Olhámos um para o outro com olhos de desilusão, mas já estávamos na sala de cinema.

Ainda bem que eu não sabia deste facto, porque provavelmente não teria ido ver e teria perdido um  grande filme. Toda a história com fases tão trágicas e tristes, de alguém que parece ser feliz, milhões de pessoas a quererem ouvi-lo, a querer estar com ele, um mega sucesso, mas infeliz, solitário e depressivo. Não conhecia a história, sabia apenas alguns factos soltos e sem ordem cronológica. O filme é tão bom, tão bom, a música é tão boa que nos esquecemos que é um musical. Na verdade, têm de arranjar uma outra categoria para este tipo de filme porque não o vejo como conheço os musicais.

São cerca de duas décadas de história onde encontramos o contexto de muitas das músicas na vida do Elton John, compreendemos as letras para lá do que dizem, conhecemos a maravilhosa história de amizade com o amigo Bernie Taupin que lhe escrevia letras tão magníficas, vemos a vida de abusos, a mãe e o pai detestáveis, o génio musical que com idade de criança percebeu os sons de cada tecla de piano e conseguia tocar as músicas que a avô ouvia na rádio só de ouvido, o génio musical que lia uma letra e já imaginava a música que a ia acompanhar, os estádios cheios, as roupas teatrais, a luta contra a sua sexualidade, neste filme há tanto de maravilhoso e mágico como de desconcertante. 

O Elton John acompanhou o filme, é autorizado por ele, contribuiu com as suas memórias e esteve presente na estreia em Cannes. Não é um filme feito à revelia, o que o torna tudo ainda mais interessante.

Sabem quando saímos do cinema sem conseguir falar? É assim de bom. Quando o filme acabou poderia ter começado de novo, eu voltava a ver. Cheguei a casa e corri à internet para saber o que era verdadeiro e o que era ficção. Recomendo muito, muito.

E para quem gosta de Elton John, este carpool com o James Corden vale a pena.






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3.6.19

I love home style #36



Os tapetes e os sofás já estão. A arte está quase. As prateleiras virão.

Vejo a possibilidade de colocar uma estrelícia na sala quase, quase. Mas para isso é preciso a colaboração do homem e isso, riquezas, é cansativo como ter de lidar com as finanças.

É preciso um imenso poder de infernizar a cabeça de um homem. 
Com ele as coisas concretizam-se pelo cansaço.




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© A Maçã de Eva

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