26.6.13

Viena

Aaah, call me Sissi!

Pois diz que tenho de ir a Viena - obrigações desta vida, é assim - e então vou aproveitar para conhecer a cidade. Acabado o trabalho, o Poisoned Apple Man mete-se num avião para ir ter comigo e fico três dias para conhecer a cidade.

Vou nos primeiros dias de Julho. Dito isto, chovam sugestões de sítios para visitar, dicas de transportes, restaurantes, palácios, museus, doces a não perder, e tudo aquilo que se lembrarem. Quero tudo, tudinho.

Muito agradecida!







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17.6.13

Tailândia - fly me to Bangkok!

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Dados os horários, depois de ver escalas em Londres, Paris, Madrid, Zurique, Bruxelas pareceu-nos ter os melhores horários para rumar a Bangkok e perder pouco tempo e chegar bem cedo, isto para quem não tinha voo directo.

Os nossos voos ditavam que iria para Bruxelas ao fim da tarde de uma sexta para chegar pelas 23h. Dormi por lá num hotel de aeroporto, saí de manhã para tomar o pequeno-almoço com um calorzinho soviético de um grau negativo, achei que me iam cair as orelhas e tentei pensar que no espaço de umas horas já estaria na Tailândia. Nunca fui a Bruxelas, estive apenas na pequena cidade de Zaventem ao lado do aeroporto, onde tive de tomar o pequeno-almoço abastecendo-me no supermercado. Ninguém fala inglês, só querem saber de francês e não me pareceram propriamente receptivos aos estranjas, mas apenas tive uma amostra de umas horas.

Fui de Bruxelas a Bangkok (e regressei) pela companhia aérea Thai, o que foi novidade para mim. Logo à entrada do avião, lá estavam as hospedeiras de sorriso largo, corpo submisso, queixo em direcção ao peito, mãos juntas como quem reza, um sawasdee proferido quase em surdina, é o cumprimento tailandês que está para o aperto de mão português. Engraçado e diferente, mas não tão fácil de sair com naturalidade aqui para esta ocidental, até porque assim que inclinava a cabeça lá revirava os olhos para cima ou para os lados para poder ver reacções. Hábitos!

Os tailandeses servem-se deste cumprimento para tudo, até para agradecer. Em Bangkok não faltarão oportunidades de ver condutores desesperados para avançar numa estrada, parados numa passadeira, enquanto os peões atravessam a correr e juntam as mãos e inclinam o pescoço e carregam sacos e crianças e tudo ao mesmo tempo. Não sei como fazem, mas já vos contarei a aventura que é atravessar uma rua em Bangkok, com ou sem passadeira, daí o rol de agradecimentos.

Logo no avião, cheio de passageiros como um ovo, dá para começar a absorver outra cultura. Todas as hospedeiras silenciosas, sorrisos fáceis, pele branca forçada pela maquilhagem, podiam estar chateadas com a vida, ter a família à fome, mas assim que reparam que as observamos, dali dispara imediatamente um sorriso, umas mãos juntas e um pescoço que se curva lentamente para a frente.

Prontas para voar lá mudam as roupas típicas para algo mais fácil de trabalhar. Na altura de servir o almoço, começam logo os meus dramas de que esta vai ser uma viagem complicada: não gosto de picante. Lá comi um frango qualquer, bom, mas bolas! Podia ser pior, é verdade, mas um gajo fica ali a pingar do nariz, cheia de calores, deixa de sentir o sabor da comida e eu agarrava-me ao pão e ao brie, a condenar-me pelas calorias, o homem a condenar o meu ar de refugiada com fome, mas era a minha forma de fugir ao picante.

Fui bem servida, gostei, podem voar na Thai, mas além do picante fica o segundo impacto culinário: eles não põem sal na comida. Não é que ponham pouco sal, é que não põem. Devem ter sido um trilião de vezes que proferi com um prato à frente: “esta terra não tem hipertensos de certeza!”, agarrada a pacotinhos de sal, eu que até ponho pouco sal na comida, muitas vezes senti-me um atentado à saúde a salgar a comida. Arroz tailandês sem ponta de sal? Que desgosto, minha gente. Mas resolvia-se.

No avião entregam uns papelinhos para preencher que depois são usados para entrar no país. Esses papelinhos manhosos, aos quais não liguei nenhuma, não são agrafados ao passaporte como se faz nos EUA, simplesmente os entalam entre as folhas. Mais tarde percebi que para me instalar em qualquer hotel que fosse, tiravam uma cópia desse papel e o número que lá constava. Dito isto, que não vos ocorra perder aquela coisa que mais parece uma senha de almoço ou não sei o que fazem à vidinha. Precisam dele até para sair do país.

Quando faço viagens nunca vou carregada de maços de notas com intenção de recorrer aos câmbios. Não sei se faço mal, se faço bem, se perco dinheiro. Chego ao aeroporto e levanto dinheiro. Normalmente levanto dinheiro do meu cartão de crédito e faço as compras todas com esse cartão (que depois acumula pontos para receber cheques FNAC), mas depois de um longo voo de cerca de 12h, cheguei à caixa, meti o cartão e esqueci-me do código.

Esqueci-me! Eu sabia os números, mas não me lembrava da ordem deles. Uso-o tão pouco, só em viagens, que me esqueci do código. Tentei duas vezes e tive de desistir com medo de ficar com o cartão retido. O Poisoned Apple Man levantou do cartão dele e ficou feito.

Quanto a viagens para fora de Europa e EUA (isto aconteceu também no Dubai), recomendo que levantem a maior quantia possível e dependendo da necessidade que tiverem. Acho que começámos por levantar 300€, íamos viajar por cerca de 15 dias, era óbvio que íamos gastar mais. É que nestes sítios as taxas que o banco cobra são para lá de estúpidas. Só em taxas de levantamentos acho que pagámos cerca de 50€ em 15 dias de férias. No Dubai, numa semana, só em taxas foram 35€. Gatunos.

Descemos o elevador no gigantesco aeroporto, carregados com 4 malas em busca de um táxi. Eram umas 6h30 da manhã, as portas automáticas abriram-se e senti um bafo descomunal. Estava de botas vinda do calor soviético de Bruxelas, sentia uma humidade de pingar, um “eu quero chegar ao hotel, tomar banho e mudar de roupa o quanto antes!”.

Esqueçam a ideia de “apanhar” um táxi. No aeroporto de Bangkok o táxi é-nos atribuído. No passeio encontram tailandeses nuns balcões muito manhosos e vão deparar-se com aquele que vai ser o inferno de uma viagem: alguém nesta terra fala inglês? Meus queridos, vão com o peito cheio de paciência, que a comunicação vai ser difícil ao longo do tempo que lá estiverem.

Demos o nome do hotel e deram-nos o preço de transporte inserido numa máquina calculadora ou escrito num papel, a forma primitiva de comunicação para quem não sabe falar. O preço será mais ou menos tabelado, mais ou menos igual para todos, aquilo pertence aos meios públicos da Tailândia, e o valor atribuído já inclui, no caso desta viagem, as portagens de auto-estrada (irrisórias). Do aeroporto ao hotel no centro de Bangkok, sem trânsito dada a hora da manhã, levámos 30 a 40 minutos, éramos dois e quatro malas e pagámos cerca de 18€. Carote. Os táxis são lindos, completamente cor-de-rosas, dão cor ao cinzento da cidade.

(continua)






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© A Maçã de Eva

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