26.10.11

Palm Beach e o Flagler Museum

Palm Beach é uma montra das fortunas americanas. Calculo que seja o sítio perto de Miami onde as estrelas têm casa de verão. São quilómetros de avenidas com casas de babar, mansões que achávamos não existir além dos sonhos, vistas extraordinárias, uma zona feita para ver, dá para passear de carro, mas não dá para parar. Ou seja, as estradas não têm passeios, não têm estacionamento, ali só se pára dentro dos portões da casa de alguém. Como não deu para tirar fotos às propriedades alheias, quem tiver curiosidade, sugiro que procure no google "Palm Beach Homes" e vai compreender a dimensão da coisa. A mim, resta-me guardar as imagens na memória.

Mesmo naquela zona, dirigimo-nos ao Flagler Museum, o momento cultural da viagem para o qual insisti. Já tinha visto fotos desta mansão de 55 quartos e quis ir ver com os meus olhinhos que a terra há-de comer. Se vale muito a pena? Não sei dizer. Gostei muito, a casa está impecável, mas não sei se vale 36$ por 2 bilhetes para uma casa que se vê numa hora. A ideia era fazer uma viagem no tempo e para mim foi conseguido. O Poisoned Apple Man acha que não, mas ele não tem sensibilidade para estas coisas, por isso não sei se a opinião dele deve contar.


A casa de Henry Flagler foi construída em 1902 pelo próprio, que a ofereceu à mulher. Este homem conhecido e respeitado nos EUA, desenvolveu os caminhos de ferro da zona e também a cidade, enriqueceu e eis uma amostra da sua casa que durante alguns anos foi hotel, até que virou museu.


A quantidade de fotos que tiro pelos meus leitores!


Vista sobre Palm Beach



Carruagem


Carruagem


Carruagem


Carruagem



WC carruagem



Carruagem





Carruagem















Um closet maravilhoso, com roupas da época








































Salão de baile



O mesmo salão de baile, numa festa



Tecto






Palm Beach, onde quase todos têm um barco


(continua)

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19.10.11

Miami Beach

O meu primeiro impacto ao aterrar em Miami, depois de sair do aeroporto e entrar na garagem da Dollar para ir buscar o carro alugado, foi: "que humidade é esta???!". É anormal a sensação de calor e humidade a 96%. Mexe um dedo e transpira, os cabelos colam, as havaianas fazem feridas assassinas nos pés, a pele parece ter UHU, o pescoço é um ninho de células mortas, e desespera-se por um banho. Era por isto vezes dez que não quis viajar para este destino no verão, e fiz bem.

A sensação de porca acompanhava-me o dia inteiro, mas quanto a isso não havia nada que pudesse fazer além de dois banhos por dia e mergulhos de mar e de piscina. Eu que adoro Havaianas, tive um problema desgraçado aos primeiros 15 minutos a pé. Comecei a fazer feridas dos lados das tiras, tive de tapar os pés com mil pensos rápidos e só resolvi a questão comprando uns chinelos do género, mas com tiras de tecido. O material das Havaianas com aquela humidade é impossível. Trouxe crostas nos pés para recordação.

Adorei Miami, tenho a certeza que vou voltar. Não tem nada a ver com as outras cidades dos EUA que já conheço, Miami tem o seu toque especial. É a cidade com mais culto do corpo que conheço. Não que goste disso, mas faz dela única. É, sem sombra de dúvida, a melhor água de mar que já experimentei em termos de temperaturas. O mar parece um charco, um lago, não mexe. Nos dias de tempestade, o mar fica agitado, com ondas e, uhhh, ondas de Carcavelos nos melhores dias. É de rir.

Miami Beach é uma língua de areia ao lado de Miami City. Com a construção das pontes a zona desenvolveu-se, estâncias de verão começaram a ser erguidas, nos anos 30 construíram-se centenas de edifícios art déco e nos dias de hoje a zona parece ter vida própria. Em South Beach vale tudo. Mesmo tudo. As pessoas podem circular como lhes dá na gana. Certo dia fomos apanhados no meio de uma enchente que só depois, através das bandeiras, percebi que era uma parada gay (um momento de pânico para o Poisoned Apple Man, dado o receio de ser acariciado). Vi tipos a circular de slips brancos, meios transparentes, de bebidas na mão; tipos com cuecas que tinham decotes em V nos ilíacos (coisa vista pela primeira vez); vê-se muito, mas muito dinheiro; miúdos de 16 anos com carros que não sei dizer o nome (dos pais, provavelmente); vêem-se pessoas de mau aspecto com carros que não se sabe de onde saíram, as mais boazudas mulheres a aliciar para comer nos restaurantes onde trabalham, mesmo em cima das esplanadas; pessoas com sacos de lojas onde eu nem me aproximo para ver as montras; as mulheres arranjadas de alto a baixo, saídas de capas de revista; e ali nada, mesmo nada, é estranho.

Logo pela manhã, homens e mulheres lançam-se pelas ruas e praias fora para exercitar o corpo, uma incessante manutenção de formas que não se sabem como adquiridas. Aquilo parece photoshop. Ver um homem a correr de costas com halteres na mão, não é esquisito, só não percebo como conseguem com aquele calor. Todos, mas todos, vão meter conversa consigo, é assim mesmo, está-lhes na alma. Não é abuso, é simpatia. Eles falam uns com os outros em qualquer lado, mesmo não se conhecendo.

As avenidas não têm fim, são impossíveis de fazer a pé. Imagina ir a pé da Gare do Oriente ao Cais do Sodré? Essa pode ser uma única avenida. O parquímetro paga-se em todo o lado, 1,50$/hora. É muito importante ficar num hotel que tenha parque incluído, pois ali os parquímetros não se deixam de pagar ao entardecer, mas as 03h da manhã.


As viaturas costumam andar bem calçadas




Brinde com amigos que também andavam por lá




Pizza!



Salada de caranguejo



Estes baldes... ai mãe!



A altura em que começava a pensar em sair da água




Pombinhos




Praia do Hotel




Miami city




Miami Beach




Miami Beach




Então, e quem reconhece esta loja?




Miami Ink




O lado de fora da loja. Nem se dá por ela.




South Beach




É uma sopa!




South Beach




O ruído inconveniente ou desnecessário não é permitido. Brilhante!




Antiga casa do Gianni Versace e onde ele foi assassinado à porta. Agora é um Hotel para lá de caro.




Ocean Drive




Publicidade para cirurgias pláticas, em todo o lado e até no autocarro




Vista do quarto, último dia



Vista do quarto, 1º dia


(continua)

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