30.7.18

Como foi a cirurgia - algumas considerações



Podem ler uma espécie de diário de bordo, experiência do dia-a-dia dos primeiros tempos pós-cirurgia, aqui.


Para a rinoplastia, façam um bom stock de cotonetes e compresas de tecido não tecido. Vão precisar!

Para as maminhas, a Mepilex tem os melhores pensos de sempre de silicone. Não se sentem, consegui usar por oito dias seguidos (o que é um recorde), mas mesmo assim não me safei de fazer alergia e ter de desistir. São caros, mas valem a pena.

Ainda para as maminhas, o Dr. João recomendou usar Mepitac. É um rolo de fita de silicone, aderente, que ajuda a deixar as cicatrizes mais bonitas. E se faz diferença! Além de ser da cor da pele (quando nos olhamos ao espelho parece que não temos nada), dá para deixar colado, tomar banho e mudar uma vez por semana. Em caso de exercício físico, com a transpiração, não recomendo. O que eu faço é colar as tiras num plástico e voltar a colocar a seguir ao duche. Dá perfeitamente para reutilizar se tratarmos as tiras com jeitinho.

Nos primeiros tempos a seguir à cirurgia optei por dormir sozinha. Pedi um colchão emprestado que esteve que tempos no chão do quarto. Em primeiro lugar porque o PAM é sonâmbulo e a probabilidade de me enfiar uma chapada, era alta. Depois, porque a Carmencita muitas vezes acaba por ir para a nossa cama a meio da noite e eu tinha medo de outra uma chapada. Optei pela segurança e distanciei-me de dois perigos.

No orçamento total, talvez queiram considerar a possibilidade de incluir uma empregada que trate da casa e da comida, pelo menos na primeira semana. Assim em jeito de retiro de férias para quem não tem familiares que possam ajudar.

Não podem ter unhas pintadas em cirurgias. Atenção aos gelinhos e afins, tem de ser retirado para que a máquina possa medir os parâmetros.

Tive saudades da Carminho. Morri de saudades. Tive-a sempre à minha frente durante os primeiros dias, mas não me atrevi a dar-lhe miminhos, beijos e abraços, achei perigoso. Tive saudades mesmo estando com ela na mesma casa.

Com autorização do Dr. e visto que não tive qualquer tipo de dores, abdiquei de tomar os comprimidos prescritos. Não fazia sentido, era mesmo zero dores. Tomei apenas o que era mesmo necessário, como os antibióticos.

O frio tem que se lhe diga. Algumas vezes saí à rua, estava frio e vento, ficar com pele de galinha, a contrição do mamilo por causa do frio, auch!

Em caso de espirro, tem de sair pela boca para não fazer pressão nasal. Assim do tipo cuspir tudo e todos. Temos pena.

Num registo mais íntimo, a limpeza manual do nariz é muito dificultada. Ainda é ao fim de quatro meses. Apesar de estar muito menos inchado, no interior dos salões nasais as paredes estão onduladas de inchadas e pronto, digamos que os dedos não cabem bem. Ainda assim, um lado está melhor que o outro. Eu tenho sérias dúvidas que o interior do nariz já esteja normal daqui a dois meses (diz que desincha em cerca de seis meses), mas pode ser que me engane.

Para quem tem crianças, fica o aviso: é um pincel. Perdi a conta às cacetadas no nariz e nas costuras das maminhas. Uma pessoa fica de lágrimas nos olhos e pronto, passa.

Ao sair da clínica, no saquinho dos medicamentos seguem contactos caso sejam necessários e indicações do que é normal acontecer ou o que não é normal e quando o médico deve ser contactado. Entre as consequências habituais e normais referiam obstipação. Mas que obstipação! Estive quase a convocar as leitoras para rezarem um mantra pelos meus intestinos, viriam autocarros do Porto, autocarros de Faro, charters, juntavam-se todos ali perto do Marquês onde há espaço e as energias de todos iriam devolver normalidade à minha barriga. Não foi preciso, bastou esperar cerca de 10 dias para voltar ao que era.

Quando fizerem contas à vida sobre uma cirurgia, são capazes de querer juntar mais uns euros. Apanhado um corpo novo, novas formas que aspirávamos há tempos, há uma certa tendência para o descontrole de compras. Coisas que antes não me ficavam bem, agora ficam. Soutiens que não me serviam nas lojas comuns (e com preços mais simpáticos), agora servem.

Há perguntas desse lado? Estou a criar um post cheio de perguntas e respostas.

Podem saber mais sobre o Dr. João Bastos Martins aqui ou aqui.




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26.7.18

A barriga da Carminho



Felicidade é ver chegar o biberão e beber como se não houvesse amanhã!

A barriga da Carminho sempre trabalhou com bom rigor. Haja rendimento para tantas fraldas! E tem sido muito “boa boca”. Com a introdução de novos alimentos, se é certo que inicialmente estranhou alguns e até achei que não ia gostar de banana, hoje é um “aspirador” de comida. Depois do prato dela ainda quer saborear o dos outros e até já provou caril. Pensei que ia fugir, mas gostou.

Se a alimentação é variada com sopa, carne ao almoço, peixe ao jantar e muitos legumes, o mesmo não se pode dizer do pequeno-almoço e da ceia (quando ceia) que sempre se repete mas recebe como uma novidade: um biberão cheio de leite. Eu tenho de gravar o drama que a diva faz desde que avista o biberão até que lhe é dado para as mãos!

Agora que a Carminho tem pouco mais de um ano, ainda que nunca tenha sido motivo de preocupação, à medida que vão sendo introduzidas leguminosas, arroz e massas, e não sendo ela grande apreciadora de beber água, algumas vezes notamos as fezes mais duras.

Então optámos por uma estratégia: além de ir educando a Carminho a beber água (uma parte fundamental da nutrição), o lanche da tarde inclui um biberão de NAN Optipro 4 e um alimento não lácteo (como por exemplo bolachinhas ou fruta) adequados a esta etapa. Com um lanche destes ajudamos a satisfazer a barriguinha! E ao final do dia, a alimentação da Carminho tem o teor proteico adequado e também a água necessária.

Com o verão previam-se muitos lanches com NAN Optipro 4. Para além da água que vai bebendo e comendo nos restantes alimentos, esta tem sido uma boa solução para assegurar que recebe os nutrientes necessários a esta etapa. Desta forma nunca precisámos de recorrer ao médico, a xaropes para ajudar a evacuar e também nunca precisámos de alterar a introdução de novos alimentos com receio que lhe deixem a barriga “presa”.

O NAN Optipro 4 destina-se a bebés dos 1 aos 3 anos de idade, fornece os nutrientes necessários a esta fase de crescimento e acompanha-nos todas as manhãs, em algumas noites e sempre que saímos de casa. O doseador com NAN Optipro 4 e o biberão com água lisa está sempre dentro da mala do bebé.

#NANOptipro4  #Nestlé  #NestléBebéPT





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25.7.18

Fascinators


Adoro estas coisas, não consigo gostar do nome em português, "toucados" e tenho imensa pena que por cá não seja uma peça habitual.

Tenho um casamento em setembro, queria usar uma peça deste género, mas há sempre aquele receio de cair tanto no invulgar que mais pareço mascarada em vez de convidada. Então, a opção é ir pelos discretos, os mais pequenos, se bem que eu gosto taaaaaanto dos que têm rede! Mas lá está, para o nosso país a rede talvez já seja invulgaridade e a cair no carnaval de Torres Vedras.

Então, menos é mais, optemos pelos pequenos, mas onde? Quem já viu peças destas a preço interessante, já que não vai ser por aí além amortizado na quantidade de vezes que se vai usar?

As regras de etiqueta deixam-me dúvidas, leio informação contraditória. Sendo que as peças pequenas, quase um gancho, não me fazem impressão nenhuma usar num jantar, as maiores (e não as gigantes) e as de rede, não sei. Imagino que a rede seja puxada para trás, mas dizem as regras que li que as mulheres não precisam de tirar chapéus ou tocados dentro de portas, mas os homens sim.

Alguém sabe onde posso consultar regras de etiqueta fiáveis?





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24.7.18

Como foi a cirurgia - parte 1




Eu sou daquelas pessoas que adora um programa de um extreme makeover, vejo o Botched de queixo caído, acho que a cirurgia plástica pode fazer maravilhas. Ou desastres!

A cirurgia pode fazer muito por nós ou podemos ser estúpidos no caso de aspirarmos a ter corninhos de silicone na testa, a ter mamas de 30Kg, a colorir o branco dos olhos (e com isso perder a visão como li num caso) ou, menos radical mas ainda assim perigoso, achar que vamos ter 18 anos outra vez.

A cirurgia plástica pode ser espectacular se quisermos ter um nariz bonito e não o nariz de alguém, se quisermos colocar maminhas porque quase não existem, tirar porque temos a mais ou subir porque o tempo as fez pingonas. Pode ser fantástica se temos orelhas de abano, um defeito de nascença ou pela mais pura das vaidades, a cirurgia plástica pode deixar-nos mais bonitos com pequenas correcções. Para isto é fundamental escolher um bom cirurgião. É imperativo, é o que mais importa, é o que pode dar-nos o que procuramos.

Desde o início do blogue me leram a querer ter menos peito e com vontade de ter um nariz bonito. Eram desejos de há looongos anos. Esta foto de bikini pode ter surpreendido muita gente que sempre comentou que nunca viu em mim maminhas para tirar. Sempre fiz um esforço por esconder o 34DD usando soutiens que reduzissem e favorecessem o aspecto geral, escolhendo roupa apropriada ao meu tamanho, mas claro, depois vestida de bikini não há muito por onde fugir! Quando o PAM me tirou esta foto em 2016 ou 2017, ia morrendo. Detestei o que vi. Quantas fotos já apaguei na vida porque só se viam mamas? Incontável.

O desejo de fazer uma redução mamária foi persistente e só nunca foi "é já" porque não tinha maminhas descaídas. Era o único factor que me deixava hesitante.

Mas um dia decidi-me. Já a minha irmã mais nova e outra familiar tinham reduzido as maminhas no serviço onde trabalhava o Dr. João Bastos Martins (no caso delas com indicação de o fazer através do sistema público, no Hospital de São José, Lisboa). De cada vez que estava com elas pedia para me mostrarem as maminhas mais uma e outra vez, e fui sempre pensando no assunto. A certa altura estava mais que decidida, só faltava o quando. E nunca dá jeito. Também não me deu jeito na altura, mas tinha de ser antes de o calor chegar. Colocámos uma data no calendário à força e assim foi.




Sempre achei também que tinha um nariz demasiado comprido, que o meu rosto sairia favorecido com um tamanho mais harmonioso. Além disso tinha um desvio do septo, o meu nariz não era direito visto de frente e embora não se veja bem nesta fotografia, tinha a ponta ligeiramente curva para baixo (coisa de bruxa).

Ainda que possamos indicar narizes bonitos, é importante não ter a expectativa de ter o nariz de alguém. A minha ideia era ter o meu nariz, mas em versão melhorada. No entanto, mostrei ao Dr. João Bastos Martins alguns narizes que acho bonitos para perceber o meu conceito (imagens retiradas do Google), ele tem um enorme sentido estético, saberia adequar o que eu imaginava ao meu rosto.

Além disso, dei um retoque na papada que já tinha aspirado antes e que com o tempo achei que podia ter ficado mais sequinha. Não o faria se não fosse ao bloco operatório, mas já que ali estava, aperfeiçoava-se. E ainda fechei o furo do piercing que em tempos tive no umbigo. Cicatriz por cicatriz, fica mais discreta a de ter um ponto do que ter um furo mal fechado.

Como disse - e que não existam dúvidas - ter um bom cirurgião, competente, actualizado, do qual já tenham referências de outros trabalhos, é fundamental. Há quem se guie por preços e por profissionais das revistas cor-de-rosa. É um erro crasso.

Através de amigos de amigos conheço dois casos operados por médicos que passam a vida nas revistas cor-de-rosa. Um resultou num nariz torto com uma narina tapada (que o médico reconheceu e disse que corrigia de graça se a paciente comprasse mamas novas, o que ela nunca referiu interesse e assim desapareceu para nunca mais lá meter os pés). Outro caso é o de uma pessoa que fez uma redução mamária de talhante, com resultado desastroso, com muito sofrimento emocional, a quem o cirurgião pagou para não colocar a situação na comunicação social (e a mulher usou o dinheiro para tentar corrigir a desgraça). Adorava poder dizer quem são estes médicos tão "conhecidos", mas não posso. Mas registem isto: aparecer nas revistas não é sinónimo de profissionalismo!

Para mim, tinha então no meio seio familiar as provas de uma equipa de cirurgiões competentes. Não tendo indicação para ser operada pelo público, explorei o privado, tive atendimento de hotel na Clínica da Beloura (do grupo Cordeiro Saúde), não tive de ficar à espera da cirurgia mais de um ano como é costume e marquei de um mês para o outro.

Fui muitíssimo bem tratada! Adorei a clínica, o Dr. João Bastos Martins é um porreiro, daqueles que dá vontade de convidar a ir jantar lá a casa, a equipa que o assistiu (que é ele quem escolhe a dedo) era tudo gente bem disposta e cuidadosa, a anestesista era um doce, as enfermeiras Andreia, Cláudia e Carolina fizeram de tudo pelo o meu conforto, voltava a esta clínica outra vez sem pestanejar.

E claro, além disto tudo, não sou fã do estilo ridículo: "eu, cirurgia? Não, eu hoje acordei assim!". É da maquilhagem, é da luz, é da posição. Dá-me vergonha alheia. Lembro-me de quando estava na universidade, no meu ano estudava uma actriz conhecida da nossa TV. Faltou às aulas uns 15 dias e apareceu com maminhas evidentes. Justificou que tinha engordado.

Não compreendo estas mulheres. Acho isto tão poucochinho de cabeça. Poupem as pessoas à vergonha alheia do ridículo em que caem. Eu adoro poder contar tudo o que fiz! Não, não nasci perfeita, quis melhorar, fui ao bisturi e partilho tudo para que outra mulher, se quiser, se sinta confiante a fazer o mesmo.

Eis um pequeno diário de bordo:


Dia 13/Março - dia um, zero nervos. O PAM até me perguntou no carro: "não te sentes nervosa?". Mas nervosa com o quê? Confio no cirurgião, é algo que quis fazer a vida inteira, eu estava era ansiosa que tudo começasse e acabasse a cicatrização!

Desde que entrei na Clínica pelas 14H30 até que saí do bloco, o processo foi muito rápido (ou eu senti o tempo a voar). Levava 6h obrigatórias de jejum, assinei consentimentos, deram uma série de explicações, o Dr. João Bastos Martins deu ainda mais explicações e ao marcar-me com uma caneta fez algo que me pareceu extremamente correcto. Perguntei se havia muitas mulheres com o meu tamanho de maminhas a fazer redução, por algum motivo entendeu-me como uma dúvida, fechou a caneta, deu um passo atrás e afirmou sem problemas: "em caso de dúvida, interrompemos já". Nãaaao, credo! Não me tirem isto agora que vai acontecer!

Ainda deu para rir, mas fiquei a pensar que só um excelente médico é que diz que não opera doentes com dúvidas (o que é diferente de ter receios e medos infundados). Ainda contámos umas piadas, passei para o bloco feliz, fui anestesiada e não sei mais nada. Foram quatro procedimentos que levaram cerca de cinco horas.

Acordei com uma broa descomunal, o meu pensamento funcionava, mas o corpo só queria dormir. Levei logo as mãos aos sítios para saber como estava (a cabecinha estava mesmo a funcionar bem): gostei logo do tamanho das maminhas que agora são mãos cheias em vez de três mãos a transbordar, a rinoplastia era evidente pois tinha o nariz tapado, senti o penso no umbigo pelo que o furo do piercing tinha sido fechado e sentia o penso no queixo, a papada tinha sido retocada.

A anestesia geral deixa-nos num estado de sonolência brutal. Por dentro dizia-me a mim própria "vá, fala! Pergunta como ficou!", mas o corpo não obedecia ao pensamento. Dores zero, mas nenhumas mesmo. Para mim a parte mais chata foi ter de respirar pela boca por causa dos tampões no nariz. Isto para quem está habituado a respirar pela boca deve ser peanuts, mas para mim chateava-me e sentia a boca seca. Mas foram cerca de 24H e quase sempre a dormir, fez-se bem!


Dia 14/Março, 2º dia - O dia em que temos de nós pôr de pé. Não custa pelas cirurgias, custa pela anestesia, temos tonturas e enjoos, mas passa à medida que começamos a andar, o que fiz com ajuda das enfermeiras. O Dr. João Bastos Martins foi ver-me, fui despida, mudaram-me os pensos, pude ver-me pela primeira vez mais ou menos, tirei selfies para enviar à minha mãe, o médico disse que estava muito contente com os resultados e eu também fiquei!

Estava era desesperada para tirar os tampões do nariz, não via a hora. No blogue algumas leitoras falaram deste momento como a pior dor da vida delas, eu duvidava que fosse sentir dor, sentia-me tão bem! E na hora de tirar, doeu tanto como tirar um algodão do nariz, daqueles que nos metiam quando sangrávamos do nariz em criança. Para mim representou um alívio e zero dor. Nas maminhas tinha drenos, tirá-los foi tão simples como beber água. Custou zero.

Cheia de recomendações, caixas de comprimidos (no privado tratam de nós, no público temos de tratar destas coisas todas), fui para casa por volta das 16H e fui dormitando, sempre bem, com alguns enjoos ocasionais, fruto da anestesia geral, mas nunca vomitei.


Dia 15/Março, 3º dia - Fiquei com os sonos trocados e os enjoos desapareceram. Levantei-me às 5H cheia de energia, fui para o computador escrever posts, tomei o pequeno-almoço sozinha pelas 6H30, preparei o biberão da Carminho para quando ela acordasse, deitei-me pelas 8H e voltei a dormir até ao meio-dia.

Tomei banho (que me soube pela vida!) e vi as mamas com pensos. Acho que a última vez que vi as minhas maminhas assim tinha 17 anos! Experimentei um fato de banho que usei dias antes no Rio de Janeiro (com mamas a sair pelas costuras) e pareço tão mais magra! A diferença por dois ou três tamanhos de copa de soutien é abismal, parece que perdi imenso peso.

Experimentei partes de cima de bikinis onde me sentia a abarrotar e senti-me com um decote mesmo bonito. E estavam ainda no cucuruto, faltava que descessem e assumissem posição natural, o que aconteceu dois meses depois. Segundo o Dr., aos seis meses (em Setembro) já estarão no seu aspecto final e as cicatrizes finais, ao fim de um ano. A minha cicatriz é em volta do mamilo (que não foi retirado, não existe perda de sensibilidade) e uma linha que desce, não é um T invertido. Cada médico tem as suas técnicas, o Dr. João Bastos Martins está na crista da onda. Pelo que pude avaliar na minha irmã, para ver as cicatrizes é preciso ir lá com os olhos, tem uma linha branca muito fininha, tipo uma estria.

Neste dia até fiz a cama sozinha e aproveitei a tarde para escrever. Maior chatice do dia: sentir o nariz tão seco de manhã, o que fui resolvendo com um cotonete com vaselina e depois à tarde, sempre a pingar, mil pingos que faziam cócegas e tinha de ir secando pressionando levemente com uma compressa.

Dia 16/Março, 4º dia - Sentia-me já fartinha de esperar pela cicatrização, mas faz parte. O nariz não parava de pingar, com pingos que corriam e faziam comichão, como no início de uma constipação. Não doía, são situações que podem ou não fazer parte, depende das pessoas.

Dia 17/Março, 5º dia - Dia de mudar os pensos! Fui ter com o Dr. João Bastos Martins porque preferi, podia ter sido eu a mudar os pensos em casa. Mas quando comecei o serviço descolei sem querer um daqueles pensos que substituem pontos no mamilo, começaram a aparecer pintas de sangue, tive medo de estar a criar caminho para cicatrizes feias ou infecções e preferi ir ter com o Dr. João. Não aproveitei para ver as maminhas sem pensos, achei que não valia a pena, as primeiras semanas é para achar coisa horrível de Frankenstein e medos de ficar assim para sempre, fui avisada disso. Vi as minhas familiares e não fica como parece. Portanto, achei que não valia a pensa, não ia acrescentar nada ao meu pensamento.

A papada nesta altura já estava em óptima recuperação, doía-me como uma nódoa negra, mas só se tocasse. Os olhos começaram a passar de roxo para amarelo a uma enorme rapidez. O rosto estava ainda inchado, mas tudo dentro da normalidade.

Sentia perfeitamente que podia conduzir, tirar coisas das estantes ou pegar na Carminho ao colo. Só não o fazia porque tinha medo que me ela me desse um safanão no nariz ou nas maminhas sem querer e porque não queria que o PAM percebesse que estava cheia de força. Sempre ia mudando as fraldas por mim!

Depois de ter ido mudar os pensos fui ao Colombo almoçar de tala no nariz e olhos negros. É evidente que toda a gente olhava para mim e algumas pessoas eram tão pouco discretas que me dava vontade de rir. Mas eu queria lá saber, queria ir arejar, estava de chuva, estava perto do centro comercial, foi o escolhido. Ainda passei numa loja de soutiens e fiquei maluca com algumas novidades da nova colecção. Queria tanto comprar! Mas as maminhas ainda não estavam no sítio, tinha de aguardar para ver se ficava uma copa B ou C.

Dia 18/Março, 6º dia - Neste dia senti que uma rinoplastia não combinava mesmo com um nariz entupido. Dormir começou a ser um filme de terror porque detesto respirar pela boca. O nariz entupia constantemente, fui resolvendo com cotonetes e soro, mas acordava e às vezes demorava horas para voltar a adormecer. Ainda assim, continuava sem qualquer tipo de dores. Acreditem, onde custa mais é na carteira!

Dia 20/Março, 8º dia - Foi o dia em que tirei a tala do nariz e concluiu-se que o problema do nariz não era uma consequência da cirurgia, eu estava era constipada! Tirar a tala não custou nada, foi o mesmo que colarem uma fita-cola ao nariz e puxarem lentamente, ou seja, sente-se puxar levemente pela pele, mas não dói. O nariz estava ainda muito inchado, até parecia maior do que era, mas já dava para ver que tinha as curvas certas e que uma vez desaparecido o inchaço, ia ficar lindo. O Dr. João apertou o nariz com os dedos e não doeu nada, apenas senti pressão. O que me custou foi tirar um dos pontos presos a um pêlo na narina, auch! Lágrimas, lágrimas! Outros pontos ficaram dentro das narinas, foram caindo naturalmente. Um mês depois o nariz teria já melhor aspecto e ao fim de 6 meses terei o resultado final.

Tirei o ponto da papada e do furo do piercing, tudo impecável e a correr bem. Tirámos também os pensos das maminhas para os mudar, mas não conseguia usar mais. A minha pele não aguenta cola, começou a fazer feridas e bolhas de água, uma chatice. Optámos então por desistir dos pensos e passar a usar compressas de tecido não tecido por dentro do soutien. Além disso, sempre que tomava banho, tinha de passar betadine nas costuras, deixar secar, aplicar creme e massajar as maminhas todos os dias. Não doía e na verdade até sabia muito bem.

Num mamilo tinha sensibilidade, no outro tocava e sabia que estava a tocar porque sentia no dedo, mas não no mamilo. Tudo normal, retomará a sensibilidade a seu tempo.

E eis que chegámos ao momento de me ver ao espelho! O Dr. João Bastos Martins avisou que eu não ia gostar de me ver e que era normal. Isso para mim não era novidade, eu sabia pelas minhas familiares que fizeram redução da mama: os primeiros tempos parecem coisa de talho. Como informou na primeira consulta, depois de uma cirurgia destas as maminhas ficam super subidas (quase na garganta), parecem escavadas por baixo do mamilo, as cicatrizes parecem horríveis e os mamilos umas tampas. Mas em 4 ou 6 meses a maminha desce, toma o formato de maminha redonda na base (desaparece o efeito escavado) e as cicatrizes começam a clarear. Portanto, quando me olhei ao espelho e já sabendo como era, não senti nenhum choque. É preciso ter paciência e aguardar pela cicatrização que naturalmente leva algum tempo, isto é uma obra!

Neste dia voltei a conduzir, oba!

Dia 27/Março, 14º dia - Duas semanas de cirurgia! Praticamente já não tinha nódoas negras na cara, só mesmo uns restinhos de nada. O nariz estava francamente melhor, ainda inchado, sem conseguir ver o resultado final, mas dava para sentir, isso sim! Ao passar os dedos para aplicar hidratante não reconhecia as formas como sendo do meu nariz, ele costumava ser mais largo. Nesta última semana eu mesma cortei pontas dos pontos que ficavam a aparecer nas narinas, eram um elemento socialmente constrangedor. Alguns pontos caíram, outros ainda lá estavam.

Por esta altura as maminhas tinham cada vez com melhor aspecto, notavam-se diferenças de dia para dia. Já conseguia dormir de lado, o que para mim era de sonho, mas tive de continuar a dormir de soutien (indicado pelo médico) até aos 60 dias. Tinha uma sensibilidade anormal nos mamilos, até a roupa me fazia impressão e comecei a sentir que a sensibilidade começava a regressar ao mamilo que estava adormecido. Tomava banho normalmente, tinha apenas de aplicar betadine nas costuras, deixar secar, massajar com creme, deixar secar, vestir o soutien com uma compressa na copa para não roçar no tecido.

4 semanas de cirurgia - Deixei de aplicar betadine nas cicatrizes, já passava a esponja esfoliante nas maminhas (sem apanhar os mamilos), já conseguia dormir de barriga para baixo, sentia que podia regressar ao ginásio e o único incómodo era mesmo a sensibilidade dos mamilos.

O nariz estava melhor, com pouca ou nenhum sensibilidade na columela, mas é das zonas que mais demora a desinchar depois de uma cirurgia. Se eu quisesse meter o indicador dentro da narina nem entrava, não cabia, tal o inchaço das fossas nasais.

6 semanas de cirurgia - O nariz já tinha muito melhor aspecto, mas a ponta continuava a parecer-me batatuda. E ao fim de seis semanas fui ao ginásio! Não era suposto, só às 8 semanas, mas eu sentia-me como nova à parte das cicatrizes, nunca diria que tinha feito uma cirurgia e fui por minha conta e risco. Durante as semanas seguintes localizei os exercícios mais da cintura para baixo, nada de saltos ou peitorais. Não é que sentisse dor, mas não me apetecia. E a diferença de fazer elíptica sem ter as maminhas sempre a dar Braga- Faro? Espectacular!

3 meses de cirurgia - Por esta altura senti o nariz muito menos inchado, mas ainda tinha por onde reduzir. Por dentro, uma das narinas estava mais inchada que outra. Infelizmente é dos locais que mais demora a desinchar após uma cirurgia.

As maminhas estão óptimas de tamanho (eu devia ter nascido projectada para ter este tamanho), segundo o médico os 3 e 4 meses são a fase mais feia de cicatrização em que as costuras ficam cor-de-rosa. No meu caso, cor-de-rosa fluorescente, mas é uma característica pessoal. Em algumas zonas a cicatriz começou a esbranquiçar. Quando fizer um ano, se achar que preciso posso fazer dermoabrasão para melhorar o aspecto ou mesmo corrigir as cicatrizes, mas ainda há muito para clarear e que recuperar até fazer um ano.

Por esta altura fui de férias, andei dias inteiros sem soutien, comprei soutiens maravilhosos, fiz ginásio, é raríssimo lembrar-me que fiz uma redução mamária a não ser quando olho ver a evolução das cicatrizes. Há zonas onde já nem se vê, estão da cor da pele.

Fazia tudo outra vez! A sensação proporcionada por ter maminhas adequadas ao meu tamanho, vale cada cêntimo! Podem saber mais sobre o Dr. João Bastos Martins aqui ou aqui.

E não, ninguém me pagou para escrever este post, paguei as minhas cirurgias como toda a gente.
Para saberem sobre preços com o Dr. João Bastos Martins, cliquem neste post.


ADENDA: Estão a enviar-me mil mensagens sobre seguros. Ou seja, estão à procura de alguém que pague cirurgias puramente estética e não existem seguros para isso.

Em cirurgia estética só entra o seguro se tiverem indicação para tal e não se tratar de uma questão puramente estética. Ou seja, pegando num caso que conheço, uma pessoa com nariz sem problemas de saúde associados, atravessou a rua, foi atropelada, partiu o nariz que ficou uma desgraça. Foi um acidente, o seguro entrou com  o "arranjo" e ficou melhor do que era.

Mas, não existindo nenhum acidente, não havendo questões de saúde associadas como dores, dificuldades respiratórias, dia-a-dia afectado, etc., se for para arranjar porque se quer bonito, o seguro não cobre. No meu caso tinha desvio do septo, mas não tinha mais nenhum problema. Enviei exames, recusaram. Nas costas tinha uma ligeira escoliose, enviei exames, ainda não estava manca, não cobriram a redução mamária. Em suma, responderam que se quisesse, eu que a pagasse as cirurgias e assim fiz.

Para mim era um incómodo ter maminhas grandes, mas era um incómodo e o seguro só entra quando a saúde é afectada. Por um lado é parvo não funcionar como medicina preventiva, por outro percebo. Depende dos casos. Mas é assim que funciona!



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23.7.18

Um rim pelos vossos conhecimentos!



Está a moer-me a cabeça, não encontro o spot para fotografar a colecção ROS Beachwear de 2019, o que tem de acontecer entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro. Já tenho as pestanas queimadas de tanto procurar.

Quero brancos e minimalismo! Estas imagens no mood board são um excelente exemplo do que procuro, mas por mais horas que gaste a varrer o Airbnb ou o Booking, não encontro casas ou hotéis que sirvam a ideia: muito branco (fundamental para a luz das imagens e os modelitos já têm cor que chegue), cores claras, spot chique-rústico, um sítio que dê vontade de ficar, espaço em solo nacional, que goste da publicidade que vou dar, um espaço de revista.

Eu estava gamadona na Pensão Agrícola, mas infelizmente não têm interesse e cobram como eu tendo um negócio de petróleo em vez de bikinis. 

O ano passado fotografei no Ecorkhotel, que adoro, onde já estive instalada mais do que uma vez (podem ler aqui), são de uma simpatia enorme, de uma tranquilidade que recomendo mesmo e tenho a certeza que vou voltar. Foram também de uma disponibilidade espectacular para que pudesse fotografar a colecção de 2018, senti-me mesmo agradecida e adorei o resultado do shooting. Achei que tinha feito uma escolha certeira.

E agora, 2019, comé? Conhecem espaços bonitões do género do moodboard que eu possa contactar? A problemática do espaço demora sempre uma vida a resolver, primeiro para encontrar, depois escolher e depois contactar um de cada vez. É que eu não sou do género de disparar para vários sentidos, receber mais do que um "sim" e depois dizer a alguns "afinal não quero, já tenho outro espaço". Portanto, vou pesquisando um de cada vez, perguntando a um de cada vez (a cena de ser civilizada) e estou a ficar apertada de tempo.

Onde é que estão a passar férias dentro do género das minhas imagens? Não me escondam nada.




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