21.6.19

Going to the movies: Rocketman



Trailer aqui

Sublime. Mas sublime, mesmo.

Há meses, quando vi o trailer do Rocketman, fiquei em pulgas para ver o filme. Ah, eu queria que fosse logo no dia a seguir e ainda faltava tanto tempo. O Elton John faz parte da minha infância, da minha adolescência, era o que a minha mãe ouvia e ouve, os meus tios, sei letras e letras de memória. Estava cá dentro um bom feeling e uma vontade enorme de ver o filme.

Tirei uma tarde de trabalho para ir ver o filme e quando começou levei um murro no estômago: é meio musical (não se percebe no trailer) e eu não gosto de musicais. Nem o PAM. Olhámos um para o outro com olhos de desilusão, mas já estávamos na sala de cinema.

Ainda bem que eu não sabia deste facto, porque provavelmente não teria ido ver e teria perdido um  grande filme. Toda a história com fases tão trágicas e tristes, de alguém que parece ser feliz, milhões de pessoas a quererem ouvi-lo, a querer estar com ele, um mega sucesso, mas infeliz, solitário e depressivo. Não conhecia a história, sabia apenas alguns factos soltos e sem ordem cronológica. O filme é tão bom, tão bom, a música é tão boa que nos esquecemos que é um musical. Na verdade, têm de arranjar uma outra categoria para este tipo de filme porque não o vejo como conheço os musicais.

São cerca de duas décadas de história onde encontramos o contexto de muitas das músicas na vida do Elton John, compreendemos as letras para lá do que dizem, conhecemos a maravilhosa história de amizade com o amigo Bernie Taupin que lhe escrevia letras tão magníficas, vemos a vida de abusos, a mãe e o pai detestáveis, o génio musical que com idade de criança percebeu os sons de cada tecla de piano e conseguia tocar as músicas que a avô ouvia na rádio só de ouvido, o génio musical que lia uma letra e já imaginava a música que a ia acompanhar, os estádios cheios, as roupas teatrais, a luta contra a sua sexualidade, neste filme há tanto de maravilhoso e mágico como de desconcertante. 

O Elton John acompanhou o filme, é autorizado por ele, contribuiu com as suas memórias e esteve presente na estreia em Cannes. Não é um filme feito à revelia, o que o torna tudo ainda mais interessante.

Sabem quando saímos do cinema sem conseguir falar? É assim de bom. Quando o filme acabou poderia ter começado de novo, eu voltava a ver. Cheguei a casa e corri à internet para saber o que era verdadeiro e o que era ficção. Recomendo muito, muito.

E para quem gosta de Elton John, este carpool com o James Corden vale a pena.






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© A Maçã de Eva

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