8.7.13

Um casamento com 42ºC à sombra

Ando há semanas a remoer quando começar a postar modelitos com pouca paciência para uma chuva de comentários "és uma fútil" e afins. Como avisei, vou começar a deixar aqui recomendações e ideias de looks, não forçosamente com fotos minhas porque não tenho jeito nem figura para fazer de modelo, mas pode ser que outras pessoas tirem ideias. Ontem quando coloquei uma foto no facebook do blogue, choveram comentários com questões e achei que era boa ideia aproveitar como pontapé de saída. Quem não gostar, respeito, mas vamos deixar espaço para quem gosta destas coisas.

Regra nº 1 para casamentos, baptizados e outras festas em que querem ir mesmo bem: nunca, mas nunca se leva um vestido da estação. Ou seja, um vestido que nessa altura está nas lojas. Eu sei que pode ser tentador, sobretudo quando se gosta muito de um vestido, mas o melhor é comprar na mesma e deixar para uma ocasião futura.

Vestidos de casamentos e acessórios não me faltam, gosto de caprichar nestas alturas, e geralmente é onde as minhas amigas, mãe e tias vêm bater à porta para se embonecar. Em casa tenho de tudo, elas poupam dinheiro e vão giras na mesma. Eu que invista!

Começo a pensar no que vou vestir e como combinar no momento em que se anuncia uma festa. Gosto destas coisas. Por razões que não sei explicar, na altura parece que é um stress e tudo feito à pressa. É verdade, eu sei que pareço uma noiva a falar, mas se há coisa que não gosto é um ar trashy ou barato num casamento. Em suma, mau aspecto ou modelo desadequado, não. Para mim, um look com classe é imperativo. E sim, observo as indumentárias alheias. Geralmente gosto de poucas.

Dito isto, uma mulher vai a um casamento de vestido e ponto final. Não me venham com saias, calças, macacões, é deselegante e desadequado. Mulher, vai de vestido. E vai de vestido curto q.b. ou pelos joelhos. Os vestidos longos muitas vezes são lindos, mas este não é o país para os usar. Às vezes parecem irresistíveis, mas ou o dress code diz vestido longo, ou vai aparecer numa festa overdressed e provavelmente sentir-se mal.

Como dizia, escolher um vestido da própria estação é má escolha. A quantidade de vezes que já me deparei com mulheres de igual num casamento, é demais. Eu ia a casa a correr mudar de roupa. Nunca mais me esqueço de um casamento onde estavam, contadinhas por mim, SEIS mulheres com o mesmo vestido da Uterque que nem era nada de especial.

Quando vejo um vestido que gosto e, também, gosto de me ver, compro. A ocasião há-de aparecer no futuro e fora de época. Gostar de um vestido não chega, é preciso que seja adequado ao nosso tamanho e figura. Para quem não consegue concluir isso, recomendo tirar fotos no provador ou pedir opinião a pessoas que considerem ter a honestidade de dizer a verdade. As fotos não falham! Já comprei roupas que achei que estavam bem e, mais tarde em fotos, foram direitinhas para o saco de "roupas para dar". Não é uma questão de se ser magra ou gorda, há roupas que nem às magras ficam bem. Portanto, um vestido ser bonito não chega, é preciso ser adequado à figura.

Vamos ao meu look. Para ver melhor as fotos o melhor é clicar nelas.







1. Perdi-me de amores por este vestido ao vê-lo no site da French Connection (não existe em PT). Como ia em breve ao Dubai, pensei que trataria de o adquirir por lá e, quando lá cheguei, existia apenas em azul escuro e cor de tijolo. Experimentei, gostei, fiquei a saber o meu tamanho, mas eu queria mesmo era a versão cor-de-rosa. Desisti. Umas semanas mais tarde fui ao site voltar a namorar o vestido e estava a 50% de desconto! Pensei, "não é tarde nem é cedo". Fiz a compra com confiança (já sabia o meu tamanho), enviei para casa de uma amiga em Londres, umas semanas depois veio a PT e lá me trouxe o vestido. Lindo como esperava!

A French Connection é "dona" da malha deste vestido. Sou muito esquisita com tecidos, com a qualidade, e tecidos com ar barato não são mesmo para mim. Este vestido tem uma malha tipo seda (não é seda, mas parece), bastante justa, que tem um efeito priceless: é tipo cinta, mete as coisas no sítio. Mas não é desconfortável nem passa a vida a subir pelo corpo acima. Sim, essa cena de andar a puxar vestidos para baixo também é muito deselegante. Se um vestido não se mantém no sítio, não se compra.

A French Connection tem todos os anos modelos desta malha. Fui ao site e há um modelo dentro do género do meu para quem se quiser aventurar. Não vou mentir, o que é bom, paga-se. O vestido está em saldos a 92£ e o meu tamanho que é um 38 corresponde a um UK12. A etiqueta diz EU40, mas não vão em cantigas, é um perfeito 38. Por isso, quem for um 40 deve encomendar um UK14, quem for 36 deve encomendar UK10, quem for um 34 deve encomendar um UK08 e por aí fora.

Eis o modelo à venda neste momento, versão Intimate Pink, só muda o decote, a existência do fecho nas costas e as mangas. De resto é exactamente igual.

Embora não me agrade a ideia de ter o país com um vestido igual ao meu, tenho de reconhecer que é uma boa compra e confessar que recomendo mesmo. Vá, sou uma jóia de pessoa a revelar estas coisas.



2. Segundo filme, os sapatos! Eu tenho uma sandálias prata, tenho douradas, mas queria uma coisa nude. Procurei, procurei, é muito difícil encontrar sandálias com um salto de gente. Recuso-me a circular em andaimes, a parecer uma anormal de saltos que não aguento, cheia de dores nas costas, agarrada ao homem para poder andar na rua, isso não é vida para mim! Gosto de me sentir gira, mas não a todo o custo.

Encontrei na Massimo Dutti estas sandálias de pele, comprei em saldos a 60€, e são de um conforto espectacular. Boa compra! Sei que não há muitas, no site só restam em 41 versão prata, por isso quem calçar este tamanho pode ir a correr comprar a 50€ que vale a pena. Vi alguma coisa nas lojas, mas deve existir muito pouca coisa.

Admito que os saltos na foto pareçam muito baixos, mas não são. Para mim têm a medida perfeita, cinco dedos, não são andaimes nem saltos baixos de velha que também não gosto. Ficaram lindamente com o vestido e vão servir para usar em muitas outras ocasiões, o que também é importante. Comprar uma coisa que serve para usar uma vez, incomoda-me.


3. A clutch comprei-a na Zara o ano passado. Não precisava dela, mas pensei que por 12€ ia dar-me muito jeito em alguma altura. Tenho duas caixas com clutchs em casa de todas as cores, feitios e tamanhos. É claro que a família vai "abastecer-se" em época de festa e em jeito de brincadeira quando me ligam a pedir alguma coisa, atendo o telefone e oiço "estou sim, Maçã Boutiques?". Esta clutch tem um tamanho excelente onde couberam telemóveis, máquina fotográfica, maquilhagem e outras coisas. Clutchs onde cabe apenas um batom não são para mim. Já disse, não sou fashion victim e transporto coisas na mala.


4. Os acessórios também vou comprando à medida que gosto. No caso deste casamento, ninguém diria que as pulseiras de imitação de pérolas, com muito bom aspecto, me custaram 2,5€ na Primark e os brincos de cristal da Massimo Dutti (ano passado) cerca de 12€. Ou seja, é possível ficar bem sem gastar tanto quanto parece.

O problema desta vez foi o colar. Não tinha nada que fosse aquilo que pretendia, corri mil lojas à procura e já estava disposta a gastar uma fortuna. Não estava era à espera de encontrar exactamente o que queria na Primark, por 10€. E não ficou bem na mesma?



Os anéis têm uma história. Os primeiros na verdade não são três, são dois, um de cristais transparentes e outros azuis. Um dia desapareceu-me um dos anéis. Fiquei pior que estragada, corri todas as Swarovski do país, corri a internet, é um modelo que não se vende há muito. Uma vez cheguei ao aeroporto de Lisboa e estavam uns quantos à venda. Nem perdi tempo, comprei logo! E quando cheguei a casa o anel perdido apareceu. Não teve mal porque gosto de os misturar em três. Este modelo já não se vende, mas existe este igual, noutras cores.

O anel da outra mão é recente, existe à venda, foi presente do PAM no último Natal, o Nirvana Petite Ring. Sou uma grande fã da Swarovski. Podem ainda apreciar as mãos sapudas de quem se fotografa com 42ºC à sombra.




O leque foi uma grande compra e indispensável para um dia como este foi. Na igreja só se viam mulheres de abanico e cabelos esvoaçantes à espera que a cerimónia acabasse. Encontrei este leque enorme no El Corte Inglés, pérola, 5€.

5. Para o caso de alguém estar interessado na cor do verniz, é da Essie, o Bachelorette Bash. Compra-se no El Corte Inglés, cerca de 10€. Combino sempre mãos e pés, não gosto de ver cores "desirmanadas".


6. E depois o que faltava era tratar dos cabelos. Eu já sabia que queria um look 60´s, mas não sabia bem o que queria. Nas últimas semanas já tinha falado com a Mónica da Unique, ela disse que ia pesquisar looks e no dia que lá cheguei assim foi, já tinha uma ideia preparada para mim. E adorei o resultado!

Quando cheguei a casa para me vestir dei de caras com uma trança falsa que tenho há que tempos (a ver se me lembro onde comprei). Experimentei colocar no cabelo e ficou top! A Mónica só vai saber quando olhar aqui a foto. Se querem um look 60's, é esta rapariga que devem procurar. Domina mesmo! Já me fez looks 60's mais do que uma vez e ficou sempre bem. Além disso, não fico com o cabelo a desmanchar durante a noite, o que também é importante. Manteve-se sempre no sítio.



Maneiras que foi assim, um casamento a destilar, sem correr uma aragem, homens em sofrimento dentro dos fatos, sem ar condicionado, uma pessoa nem tinha vontade de comer, e eu que quero sempre provar de tudo, acabei por nem me atirar aos doces nem a coisa nenhuma. Mentira, atirei-me às garrafas de água. Até os queijos suavam.

A noiva ia linda, há muito tempo que não via um vestido que me fizesse pensar "eu casava neste modelo!". Quando entrou na igreja adivinhei "é um Rosa Clara!", via-se logo, e quando a cumprimentei pedi-lhe que guardasse o vestido e o véu, pois se um dia me casasse, aquele seria uma hipótese.

Fora isso, voltei a apanhar o ramo num casamento, o que já é tradição. Eu já me sinto mal pelas outras mulheres e fico assim apelidada de "terror dos casamentos". Quando me chamaram para ir ao lançamento o PAM reclamou que não valia a pena, "é melhor irem à vossa vida que ela vai apanhar o ramo!". Depois até apareceu na sala enquanto as mulheres se alinhavam para apanhar o ramo, perguntei o que estava ele a fazer e respondeu "vim ver-te a apanhar o ramo". E assim foi. Os amigos gozam e dizem que é o destino a forçar o matrimónio.

Adoro casamentos!


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© A Maçã de Eva

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