22.2.18

Fui comer maçãs a meio da manhã!


Há tempos fui a uma festa de anos em que não conhecia grande parte das pessoas, menos ainda os filhos destas pessoas. Estava numa cadeira com a Carminho sonolenta, um bocadinho afastada da confusão maior, quando passou por mim uma criança gorda. Mas realmente gorda. Suado, desajeitado, sem a mesma agilidade que os amigos, aquilo chocou-me porque eu nem reparei no miúdo, só reparei no tamanho dele e perguntei-me como é que se chega àquele ponto (partindo do princípio que não existem doenças). Não compreendo.

Minutos mais tarde apareceu para me cumprimentar um amigo do PAM que não via há anos e WOW! Era um homem magro, normal, estava gordíssimo! E apresentou a nova namorada que em poucos minutos percebi ser a mãe daquela criança que me tinha deixado impressionada. Escusado será dizer, era uma família com excesso de massa gorda a caminho da obesidade. E a explicação pareceu-me simples: hábitos alimentares.

Os meus pensamentos não tratavam de uma questão estética, embora seja impossível dissociar, mas de uma questão de saúde. Quando um miúdo faz intervalos nas brincadeiras para respirar fundo, com uma barriga que se pendura por cima das calças, numa transpiração desconcertante, sem conseguir acompanhar os seus pares, faz-me impressão. 

A verdade é que com os avanços da indústria, em países como o nosso comemos mais do que precisamos. E comemos muitas porcarias sem valor nutricional. Eu própria tenho alturas mais gorda (esta é uma das fases mais gordas) e fico a sentir-me péssima. Longe de ficar fora do meu IMC, mas quando engordo um bocadinho porque gosto de comida (a explicação está o abuso, não vale a pena inventar), sinto-me feia, sinto-me menos resistente ao esforço, fico furiosa quando algumas peças de roupa deixam de me servir e estou longe de ter de pensar em problemas de saúde. Por isso, quando estes problemas existem, como é que se continua com os mesmos hábitos alimentares?

Existe muita ignorância, pessoas que acham que alimentação saudável (ou emagrecer) é só saladas de alface e pepino e, embora as saladas sejam muito boas, não há quem aguente comer saladas todos os dias, dias a fio. A alimentação saudável está no equilíbrio e também nas escolhas que vêm da terra.

Fui conhecer um programa de responsabilidade social do Continente, o programa Escola Missão Continente, uma iniciativa que procura sensibilizar crianças em idade escolar, pais e professores para a importância da alimentação saudável, de um estilo de vida activo e consumo consciente.

O Continente abraçou este projecto ao verificar que os dados mostram que Portugal está numa crescente amostra de obesidade infantil. Isto não é mais do que o resultado de uma má nutrição familiar e sedentarismo.

A primeira edição do programa Escola Missão Continente chegou a 18 escolas e mil crianças. As coisas mudaram, o projecto cresceu e a edição de 2018 vai chegar a 139 escolas e a cerca de dez mil crianças. 

Nesta apresentação, o catering contava com águas e frutas. Comi uma maçã a meio da manhã e soube-me lindamente. Às vezes como um iogurte com frutos secos.

Toda a informação sobre este projecto giro e necessário aqui.



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© A Maçã de Eva

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