Dizem que eu sou viajada, mas comparado com a Catarina eu não passo de uma aspirante a viajante. Anda há 16 anos a dar voltas a mundo e a comer. A Catarina é como eu, gosta de cheiros e sabores, de provar coisas novas, de andar pelos mercados e experimentar restaurantes. Chega a casa e procura recriar o que comeu com o que encontra na despensa de casa.
Foi daí que surgiu o livro “Pelo mundo com os tachos” que me veio parar às mãos, um presente que acertou, tem tudo a ver comigo. A Catarina, além de cozinhar, gosta de inventar, não gosta de gorduras e perde-se por sabores.
O livro tem uma frase engraçada: “odeio dietas, acho que a melhor forma de não ter que emagrecer é não engordar”. E é por isso que gosta de comida saudável “mas sem sabor a hospital”.
A Catarina, além de fotos que quase me finaram de inveja, conta uma história associada a cada receita. E lê-se com curiosidade todo um conto à volta daquele prato com tão bom aspecto.
Ficou-me na memória o “frango à indiana” saboreado debaixo de um interrogatório indiano: se era casada, se tinha casado por amor ou arranjo, toda uma séries de questões que só poderiam ser ouvidas numa outra ponta do mundo. Para o inquisidor, casar por amor era um disparate que apenas leva ao divórcio. Coisas que os ocidentais estranham, diferenças culturais tão marcantes que no fim do almoço a Catarina percebeu que só estavam de acordo quanto ao frango: era muito bom!
Adorei o livro e para quem gosta de viagens, dá um excelente presente. Recomendo!
O livro é de capa dura, pesado, óptima qualidade e pode comprar-se aqui. O Facebook do livro com fotos e outras informações está aqui e o blogue da Catarina está aqui.