24.9.20

Séries: Normal People



Trailer aqui

Normal People. Gostei TANTO desta série!

Estreou em agosto na HBO, vi uma semana depois da estreia, 12 episódios em menos de uma semana. Acabou e queria mais. Nem me apetecia mudar de série. Curiosamente, o PAM não gostou como eu, encolhia os ombros, revirava os olhos às questões do amor, é um gajo das cavernas, este segmento não é do interesse dele.

A mim tocou-me imenso, revi-me em tantas situações. E acho que é exactamente esse o sucesso da série, todos nós já nos vimos nas teias dos amores e desamores, já nos envolvemos em erros de comunicação, já deixámos de falar por falta de coragem, já fomos comidos de ansiedade sem saber o que iria acontecer dali a uns dias, já vimos alguém de quem gostamos com outra pessoa ou quisemos mostrar que já não tínhamos sentimentos, dar ares de indiferença no lugar de mostrar ferida aberta. Todos nós já fomos ele ou ela em algum momento da vida.

Às tantas já estava no sofá a torcer-me de sorriso (agora posso rir, na altura só chorava) e dizia kill me now! Não é uma série daquelas boas para passar o tempo. Episódio atrás de episódio obriga-nos a reflectir e a sentir. A ir buscar memórias ao baú. 

Adorei. Admito que não seja o tipo de série para homens pouco românticos, mas a mim deixou-me num estado meio saudosista - não porque tenha saudades -, mas dava um dedo para viajar no tempo, voltar atrás e fazer as coisas de forma diferente.

Sim, tenho pena de não ter feito muita coisa diferente. Saber aos vintes o que sei hoje tinha sido completamente diferente e provavelmente mais feliz. É uma pena que a maturidade e a segurança não seja aproveitada enquanto mais novos e só venha depois. 

A série ainda só conta com uma temporada e conta a história de Marianne Sheridan e Connell Waldron, colegas de escola, no fim da adolescência e nos primeiros anos da vida adulta, a relação que começa em segredo, os desgostos, os encontros e desencontros que se seguem.

São os dois inteligentes e os diálogos são maravilhosos, dá vontade de beber do que dizem. É evidente que a ligação deles é muito mais que uma atracção física, é do coração e é um encontro de almas, de pensamentos. 

O desempenho deles enquanto actores é sublime, notável mesmo, nem sei como me são desconhecidos dos ecrãs de cinema ou das séries. Aquilo não é fácil de fazer, há muita nudez, dele ou dela. Nas cenas íntimas parece que estamos lá, que fazemos parte daquilo. Ou que somos ou fomos um deles.

Para mim a série é mesmo muito, muito, boa. Conta com uma pontuação de 8,6 no IMDB, o que é incrível. A não perder.




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© A Maçã de Eva

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