Era um casamento bem informal, na verdade os noivos já estavam casados, foi mesmo uma festa para os amigos, uma troca de votos e um casamento multicultural que juntou Portugal e a África do Sul.
O que mais se ouviu falar foi inglês, a cerimónia foi em inglês e foi do mais comovente que já vi. Realmente, o casamento religioso tradicional com a conversa de padre é o género que menos me convence, faz-me sentir que estamos ali a cumprir um papel. Numa cerimónia de troca de votos, num estilo totalmente estrangeiro, as palavras são das pessoas, há papel para o improviso, para o que foi pensado e sentido e até para os imprevistos e as gargalhadas. É totalmente diferente e, quanto a mim, muito mais bonito. Mas também, muito mais difícil para gerir as emoções.
A Leonor foi a noiva mais chorosa e emocionada que vi na vida. Na minha cadeira enquanto ouvia a troca de votos de voz tremida, agarrava-me à garganta com pensamentos "mulher, pára que me vais matar!". A cerimónia acabou, vieram os abraços e os parabéns e ela não conseguia parar. Estava imensamente feliz e isso traduziu-se em lágrimas ❤
Foi também a noiva mais difícil de fotografar para este blogue, parecia que tinha pulgas. Perdi a conta às imagens que fotografei e apaguei porque a posição era má ou tinham ficado arrastadas com a luz de fim de tarde.
Estando a viver na África do Sul, a questão do vestido não foi fácil. Então optou por fazer o que fazem mil noivas, pegou em modelos que gostava, fez alterações ao seu gosto e recorreu a costureiras, acabando por ficar com um vestido inspirado num modelo de 3 mil € por 250€.
Estava linda, o véu era maravilhoso, tudo era o género da Leonor. Adorei assim que apareceu no local da cerimónia, debaixo das árvores, ao som de uma música mais que alegre com tambores de África, juntando-se ao noivo na companhia do cão. De facto nunca vou compreender as cerimónias soturnas e carregadas de avisos.
Mais sobre a história destes sapatos e os modelos de noiva da ROS LISBON para 2017, aqui.