Pai Natal,
estive quase para não te escrever este ano, foram as leitoras que perguntaram pela carta de Natal, querem ler a nossa correspondência privada (o que me surpreendeu). E não é que eu esteja zangada, que não estou. Mas este foi o ano que disse para mim mesma:
"não quero presentes". E não quero mesmo, não é uma falsa vontade. Ando a arrastar isto há anos, este foi o ano.
Já há meses, no grupo de WhatsApp de família, tentei demover os familiares aos presentes. Não fui bem sucedida. No entanto, pedi que me retirassem a mim, ao PAM e à Carminho das listas de presentes de Natal. Não me faz sentido! Presentes de obrigação, rumar às lojas sem vontade e porque tem de ser, pensar no que se vai comprar porque temos de comprar, embrulhos, plásticos, papéis, mais coisas em casa, para quê? Felizmente temos tudo o que precisamos e receber mais presentes são caprichos, puro consumismo e eu não ando para aí virada.
Mas nem toda a minha vontade foi mal aceite. Entre amigas consegui acabar com os presentes. E em casa não haverá presentes de mim para o PAM, do PAM para mim, temos apenas para a Carminho um brinquedo e um puzzle. E não chega?
Estou a resumir o Natal ao que me interessa: convívio, jantaradas, boa comida, calorias em barda, espaços aquecidos, boa disposição, gargalhadas e conversas interessantes, regadas a qualquer coisa boa de beber.
E é isto! Não sei se "cresci", se estou é velha a dar para o insuportável, se é egoísmo, se é o mundo que está a ficar minimalista e me leva de arrasto, mas a verdade é que tratei dos presentes da Carminho, de uns Pais Natais de chocolate para algumas crianças e é só. Não andei a queimar maços de notas, não andei nos stresses das lojas, do inferno de procurar estacionamento, arrgh!
No entanto, não há bela sem senão. Não penses que te liberto assim e pronto. Para esta folga que te dou tenho outras exigências: nos dias de Natal quero o pudim Abade de Priscos da tia Gorda, os sonhos e o pudim de café da mamãe, aquele doce de castanhas, natas e ovos moles da tia do PAM, e o fidalgo da sogríssima, tudo sem engordar! És capaz disso? Cumpres ou não cumpres desejos?
Portanto, estás de férias. Pega nas renas, marca um destino tropical, larga o stress dos presentes e dá uns mergulhos numas águas quentes. Se pudesse ia lá ter contigo e bebíamos um mojito.
Tanta conversa sobre um Natal sem presentes, faço anos a 1 de Janeiro e a minha mãe está numa ralação:
"ao menos faz uma lista para o aniversário!". Isto a juntar à exigência das leitoras em ler a nossa carta, levou-me a criar esta singela lista que é de aniversário e não de Natal.
Mas,
again, não há obrigações que eu não vou acordar no dia de aniversário a pensar em presentes.
(1) Uma
mala de cintura em pele, camel, da Massimo Dutti, em promoção a cerca de 35€. Isto vai dar-me um jeito danado para os dias em que não me apetece andar de mala ao ombro.
(2) Este deve ser o artigo mais desejado e que ando a namorar há uns tempos. Um
anel de cobra, da Maria Avillez Jewellry, custa 99€. Mas tem de ser bem pequenino, pois eu quero usá-lo no mindinho.
(3) Da Rituals,
Ritual of Ayuverda, hair and body mist, cerca de 18€.
(4) Estas
botas da Massimo Dutti, tamanho 38, cerca de 90€, mas nota que só lhe pus os olhos na loja online, nunca as tive na mão. São botas para inverno rigoroso e tenho a esperança de fazer alguns passeios de frio pela Europa gelada com o PAM (se bem que é um filme convencê-lo a isso).
(5) Estes
óculos de sol da Massimo Dutti que eu sou incapaz de andar sem óculos de sol e dou-lhes muito uso. Está em promoção a cerca de 40€.
(6) Queijos! Podem vir, aceito queijos em barda!
(7) Da Rituals,
Ritual of Ayuverda, creme de corpo, cerca de 18€.
(8) Chocolates nunca são demais! Mas de qualidade, por favor.
(9) Um
PT durante 3 meses que me pegue no lombo e me transforme o físico mole.
(10) Esta
camisola da Massimo Dutti, camel, tamanho S, cerca de 50€, que é das poucas com que gosto de me ver.
Boas férias, Pai Natal! Diz às renas que mandei beijos!