Até já, aqui
Texto Dubai I, aqui
Texto Dubai II, aqui
Texto Dubai III, aqui
Texto Dubai IV, aqui
A seguir ao mercado do ouro, junto às docas, apanhar um barco e fazer um passeio no rio Creek, vale a pena, é giro! Há barcos que funcionam como transporte público e outros que se alugam por 30 ou 60 minutos. Fomos sozinhos fazer um passeio de 30 minutos (chega perfeitamente, não se aventurem em mais), e pagámos os dois cerca de 12€ pelo passeio.
Estava um dia fantástico e o nosso capitão era muito simpático. As vistas são fabulosas, gosto sempre de ver a silhueta da arquitectura local mais antiga, aquela que não deixa margens para dúvidas "isto é árabe" e a hora de almoço foi óptima para fazer o passeio (pouca gente). No entanto, parecem barcos desengonçados, às vezes uns cruzam com outros à tangente, mas sem stress, eles lá sabem o que andam a fazer. De resto, o barco tinha coletes salva-vidas bem visíveis, extintores, tudo parecia cumprir as normas de segurança locais.
Do outro lado do Creek, está o mercado dos tecidos, onde não fui com muita pena. A razão que eu digo que é preciso ir muito cedo para os mercados, é que às 13h as lojas fecham portas e só voltam a abrir pelas 17h. É a hora de almoço e sesta, não trabalham nos picos de calor, as ruas ficam desertas, parece uma cidade abandonada. Deve ser um mercado cheio de cores e lenços, fiquei sem saber, não tenho muitas indicações para oferecer. No entanto, no mercado das especiarias comprei duas pashminas 100% cashmere.
De volta ao porto dos barcos, fizemos a longa avenida que vai dar ao Spice Souk. É uma estrada normal e mesmo ao lado o porto onde descarregam mercadoria. Não há assim nada de especial que separe a estrada desta área, não há grades, não parece haver vigilância, há alguns trabalhadores em barcos e há um passeio normal. O Dubai é uma cidade tão segura que a mercadoria fica ali nos passeios dia e noite. Vi frigoríficos e outras mercadorias pesadas, vi cereais, como vi simples caixas de cartão com chá, sendo que seria a coisa mais simples abrir, tirar e colocar na mala. A pena para transgressores não deve ser leve, pois ninguém se aventura. Andei ali a passear no meio e nunca me disseram nada nem há sinais de proibição.
Ao fundo da rua, lá encontrámos o mercado das especiarias, podem saber mais aqui. Fomos a uma hora em que mais parecia uma cidade fantasma, mas ainda assim encontrámos bastantes lojas abertas. O que não se vê é gente na rua.
Uma vez chegada ao mercado, nem dá para duvidar se estamos perto. É uma inundação de cheiros ao cérebro, são cores radiantes, especiarias bonitas (a sério, bonitas é mesmo a expressão), é toda uma vontade de enfiar a mão nos sacos gigantes de frutos secos, começar a comer e provar de tudo.
Todas as lojas têm um cheiro característico. Por lá comprei um chá do Ceilão maravilhoso que se encontrarem, é mesmo a não perder. É uma mistura de folhas numa embalagem grande, o preço ronda os 3€, e é provavelmente o chá preferido do PAM. Comprei ainda um fraco de curry mix que faziam os donos da loja, é uma versão no spicy, e a etiqueta diz tudo o que vai lá dentro. Ao cheirar pensei logo, "temos caril!". Nem hesitei. Já usei imeeeensas vezes em jantares, é sempre um sucesso. Ainda trouxe para a mãezinha e umas tias, dura e continua a servir gente esfomeada. Estas duas embalagens, se as virem, é que nem hesitem em comprar, a qualidade é top.
Por acaso, foi no mercado das especiarias que me cruzei com uma lojas de pashminas. Milhares! Todas as cores, texturas e feitios. Comprei duas 100% cashmere, muito regateadas pelo PAM que já me estava a meter nervos com a negociação para comprar a 10€ cada uma.
Pela zona há umas paragens de autocarro, têm ar condicionado, às vezes vale a pena entrar para dar descanso ao corpinho, mas por outro lado, para quem tem garganta sensível com amigdalites e afins como eu, não vale a pena arriscar e estragar a viagem.
(continua).
Texto Dubai I, aqui
Texto Dubai II, aqui
Texto Dubai III, aqui
Texto Dubai IV, aqui
A seguir ao mercado do ouro, junto às docas, apanhar um barco e fazer um passeio no rio Creek, vale a pena, é giro! Há barcos que funcionam como transporte público e outros que se alugam por 30 ou 60 minutos. Fomos sozinhos fazer um passeio de 30 minutos (chega perfeitamente, não se aventurem em mais), e pagámos os dois cerca de 12€ pelo passeio.
Estava um dia fantástico e o nosso capitão era muito simpático. As vistas são fabulosas, gosto sempre de ver a silhueta da arquitectura local mais antiga, aquela que não deixa margens para dúvidas "isto é árabe" e a hora de almoço foi óptima para fazer o passeio (pouca gente). No entanto, parecem barcos desengonçados, às vezes uns cruzam com outros à tangente, mas sem stress, eles lá sabem o que andam a fazer. De resto, o barco tinha coletes salva-vidas bem visíveis, extintores, tudo parecia cumprir as normas de segurança locais.
Do outro lado do Creek, está o mercado dos tecidos, onde não fui com muita pena. A razão que eu digo que é preciso ir muito cedo para os mercados, é que às 13h as lojas fecham portas e só voltam a abrir pelas 17h. É a hora de almoço e sesta, não trabalham nos picos de calor, as ruas ficam desertas, parece uma cidade abandonada. Deve ser um mercado cheio de cores e lenços, fiquei sem saber, não tenho muitas indicações para oferecer. No entanto, no mercado das especiarias comprei duas pashminas 100% cashmere.
De volta ao porto dos barcos, fizemos a longa avenida que vai dar ao Spice Souk. É uma estrada normal e mesmo ao lado o porto onde descarregam mercadoria. Não há assim nada de especial que separe a estrada desta área, não há grades, não parece haver vigilância, há alguns trabalhadores em barcos e há um passeio normal. O Dubai é uma cidade tão segura que a mercadoria fica ali nos passeios dia e noite. Vi frigoríficos e outras mercadorias pesadas, vi cereais, como vi simples caixas de cartão com chá, sendo que seria a coisa mais simples abrir, tirar e colocar na mala. A pena para transgressores não deve ser leve, pois ninguém se aventura. Andei ali a passear no meio e nunca me disseram nada nem há sinais de proibição.
Ao fundo da rua, lá encontrámos o mercado das especiarias, podem saber mais aqui. Fomos a uma hora em que mais parecia uma cidade fantasma, mas ainda assim encontrámos bastantes lojas abertas. O que não se vê é gente na rua.
Uma vez chegada ao mercado, nem dá para duvidar se estamos perto. É uma inundação de cheiros ao cérebro, são cores radiantes, especiarias bonitas (a sério, bonitas é mesmo a expressão), é toda uma vontade de enfiar a mão nos sacos gigantes de frutos secos, começar a comer e provar de tudo.
Todas as lojas têm um cheiro característico. Por lá comprei um chá do Ceilão maravilhoso que se encontrarem, é mesmo a não perder. É uma mistura de folhas numa embalagem grande, o preço ronda os 3€, e é provavelmente o chá preferido do PAM. Comprei ainda um fraco de curry mix que faziam os donos da loja, é uma versão no spicy, e a etiqueta diz tudo o que vai lá dentro. Ao cheirar pensei logo, "temos caril!". Nem hesitei. Já usei imeeeensas vezes em jantares, é sempre um sucesso. Ainda trouxe para a mãezinha e umas tias, dura e continua a servir gente esfomeada. Estas duas embalagens, se as virem, é que nem hesitem em comprar, a qualidade é top.
Por acaso, foi no mercado das especiarias que me cruzei com uma lojas de pashminas. Milhares! Todas as cores, texturas e feitios. Comprei duas 100% cashmere, muito regateadas pelo PAM que já me estava a meter nervos com a negociação para comprar a 10€ cada uma.
Pela zona há umas paragens de autocarro, têm ar condicionado, às vezes vale a pena entrar para dar descanso ao corpinho, mas por outro lado, para quem tem garganta sensível com amigdalites e afins como eu, não vale a pena arriscar e estragar a viagem.