24.11.14

Dubai III

Até já, aqui
Texto Dubai I, aqui
Texto Dubai II, aqui

A última vez que escrevi sobre o Dubai foi em 2012, não acabei o relato (uma vergonha, eu sei), entretanto voltei há umas semanas e é mais que altura de contar o que aquela cidade tem para oferecer (vou usar imagens antigas e ouras retiradas da net).

Eu adoro o Dubai, acho uma cidade extraordinária, uma cidade recente, construída com rigor quase à pressa, ou melhor, a uma velocidade estonteante, e quase uma imitação de outras cidades. O Dubai vai buscar a outras cidades o que elas têm de melhor. E tem muito, mas mesmo muito de EUA, talvez por isso goste tanto de lá ir. A diferença que encontrei em apenas dois anos é impressionante, tanto que já brincávamos que é para regressar de dois em dois anos.

Voltei a voar na Emirates e, ao contrário da primeira vez, fiquei com uma excelente impressão. É a diferença que faz uma equipa motivada. Hospedeiras impecáveis, simpáticas, muitas portuguesas e brasileiras. Comi lindamente e o meu pior reparo no voo vai em relação aos filmes: caramba, com tanta publicidade aos voos diários para Lisboa, não podiam incluir legendas em português nos filmes? Eu até via os filmes em inglês, o problema é que o som não é o mais cristalino, o barulho do avião não pára e não se consegue perceber nada. Resultado: não vi nenhum filme na ida, vi só uns desenhos animados em brasileiro no regresso, o que tornou as viagens muito mais aborrecidas.

Em 2010 o aeroporto estava em expansão, já era enorme, uma coisa com uns tectos altos imponentes. Quando cheguei desta última vez, era impossível acreditar que tivesse crescido tanto. É o maior aeroporto que já vi. Tem voos a sair a cada 5 minutos a meio da madrugada, as lojas, que fazem daquilo um perfeito centro comercial, estão abertas 24h e, às 4h da madrugada, andar nos corredores é como andar no Colombo em vésperas de Natal. Pergunto-me se aquele aeroporto tem horas mortas, mas suspeito que não. Portanto, dado o aparato do espaço e o tamanho do aeroporto, no caso de viajar para o Dubai, eu recomendo que vá com antecedência e não se ponha com ideias de chegar em cima da hora. Até porque vale a pena fazer algumas compras. Para quem fuma, trouxe dois volumes de L&M para uns amigos e cada maço ficou a 1,39€.

Para quem vai para o Dubai, não se ponham com ideias, não é uma cidade que dê para fazer de transportes. Há transportes, são bons, parecem funcionar bem, mas não vão a todo o lado. A cidade é enorme, percorrem-se distâncias grandes de estradas (excelentes estradas) e convém alugar um carro se for para conhecer a sério. No entanto, para quem chega ao aeroporto, no piso inferior estão os táxis e se perguntarem dizem logo quanto vai custar a corrida, sem mentiras. Sempre que andámos de táxi o preço não fugiu do indicado e muitas vezes ficou abaixo.

Nunca achei os trabalhadores locais mentirosos (que não são de lá, são sempre de países com poucas oportunidades de trabalho tipo Índia, Filipinas, Paquistão, etc), ou aldrabões. Mas seguem de facto outra linha de raciocínio muito diferente da europeia. Um dia apanhámos um táxi de regresso a casa dos nossos amigos, chegámos à cancela do aldeamento, desci a janela e comuniquei o apartamento:

- B80.
- No Madam, no possible.
- I'm sure, B80.
- There's no B80.

Disse o nome dos meus amigos, disse que estava lá há dias, o tempo a passar, até que chega um colega atrás. Lá digo outra vez.

- B80.
- Oh, it's 80B. All start with the number.

Caraças, não dava para o outro ter percebido? E é isto. A quem vai lá, este tipo de raciocínio lento e óbvio vai acontecer algumas vezes. Parece que não desenvolvem. Não que isso seja impeditivo ou torne a viagem menos prazerosa! Mas é uma curiosidade cultural que não escapa.

Vamos a dicas para o Dubai, há muito que fazer!


Burj Khalifa

A não perder, ir ao Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo. Este é um programa espectacular. Lá dentro está um Armani Hotel, apartamentos, escritórios, aquilo não acaba. Disseram os amigos que alguém foi lá ver um apartamento para alugar, mas percebeu que da porta de casa até chegar ao carro na garagem demorava pelo menos 10 minutos e desistiu da ideia.

Não se passeia pelo edifício, mas sobe-se ao observatório. Recomendo que comprem os bilhetes online algumas semanas antes da viagem. Ou assim que se decidirem a ir, estudem no site quando é que volta a haver bilhetes disponíveis (às vezes acabam), convém garantir porque é mesmo a não perder.

Pode-se escolher o dia, a hora, e o bilhete custa cerca de 28€. O melhor é descobrir a hora aproximada do sunset e depois é ter sorte de apanhar um dia de visibilidade. Eu já fui duas vezes ao Dubai e não apanhei dias de pouca visibilidade, mas fui das duas vezes em Novembro, não sei se tem a ver com isso. Ir ao fim da tarde (que não é o nosso fim da tarde no que toca a horas), é a oportunidade para apanhar as vistas de dia, com alguma luz, e as vistas de noite. Pessoalmente acho que de noite é mil vezes mais giro.

Para descer, aquilo pode ficar complicado. Demorámos cerca de 30min numa fila para poder chegar ao elevador que, já de si, é do tamanho de um contentor.

A entrada para o edifício faz-se num dos pisos do Dubai Mall (R/C ou -1, não tenho a certeza).












Espectáculo de água e luz em frente ao Dubai Mall

Saindo do Dubai Mall, depois de vistar o Burj Khalifa, vale a pena esperar para ver os espectáculo das fontes das 18h às 23h, a cada 30 minutos. Mesmo! É uma coisa muito do tipo Las Vegas, fica cheio, cheio, todos os espectáculos da noite são diferentes quer em música quer em performance. E preparem-se para arranjar um bom spot, cola-se tudo às grades à espera e pode ser difícil ver com boa visibilidade. Mais info aqui.









Aquário gigante do Dubai Mall

Aproveitar que se está em cima do Dubai Mall para ver o aquário gigante. Nós só vimos do lado de fora, achámos que não valia a pena entrar porque já vimos muita coisa dentro do género e o que eu queria mesmo era nadar com os tubarões, o que não estava a funcionar naquele dia. Mais info aqui.






The Cheesecake Factory

Mesmo em frente ao aquário, há um um restaurante americano que se chama The Cheesecake Factory. Não sair de lá sem comer uma fatia de cheesecake! Existem vários cheesecakes, o que posso garantir que é bom é o Fresh Strawberry. É bom demais. Depois há mais trinta e tal variedades, eu gostava de provar todas. Podem começar por escolher aqui.

Uma vez em 2012 jantei no Cheesecake Factory e comi realmente bem! Posso garantir que o Steak Diane é de chorar por mais, ficou-me na memória. Devia ter voltado desta última vez.




(continua)

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© A Maçã de Eva

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