10.4.17

Gravidez: saber o sexo logo às oito semanas

Quando escrevi no blogue que para saber se ia ter um rapaz ou uma rapariga fiz um teste de sangue, percebi que muitas mulheres não sabiam que tal existia. Não existe há muitos anos, é verdade, mas o teste chama-se "teste de determinação de sexo fetal", é feito em vários laboratórios, mas aviso que ronda os 100€.

Para fazer este teste é preciso ter oito semanas ecográficas, o que pode não corresponder às nossas contas. Portanto, temos de nos guiar pelo que o médico dita a partir da ecografia e não as contas pessoais. A partir das oito semanas ecográficas o teste dá uma taxa de certeza de 99%, mais ou menos como nos testes de ADN.

Mas não funciona para todas as mulheres. O teste não deve ser feito por quem possa ter recebido em algum momento da vida uma transfusão de sangue ou um transplante que, na eventualidade de ter sido um dador masculino, o teste vai dar um resultado errado.

Este exame funciona por exclusão de partes. A mulher grávida de um rapaz tem cromossomas Y a circular no sangue (que desaparecem algumas horas após o parto). Por exclusão de partes, a mulher grávida que não tem cromossomas Y, estará então grávida de uma rapariga. No entanto, quando são gémeos, a presença do cromossoma Y indica que pelo menos um deles será rapaz (embora possam ser ambos) e a total ausência do cromossoma Y indica que são duas raparigas. Pode parecer complicado, mas é simples!

Eu não estava disposta a esperar por ecografias, dava-me uma coisa! Aliás, quando fiz o teste de gravidez se pudesse ia a correr saber o sexo. Aqueles cenários em que aos três meses ainda não sabe o sexo ou não se tem a certeza, saltitando entre um palpite e outro, essa indecisão não dava para mim.

Queria tanto uma rapariga que me convenci que não ia acontecer, não ia ter sorte. Achava altamente improvável, eram desejos a mais. Desde o teste de gravidez procurei mentalizar-me que iria ter um rapaz.

Concluídas as oito semanas ecográficas, uns cinco dias depois de ter tirado sangue para o efeito, ligaram-me do laboratório e o meu coração disparou. Estava por segundos de saber o sexo do bebé! Feita a introdução da chamada e todas as explicações, suspirei, fechei os olhos e pedi então que me dissessem o resultado.

Estava mentalizada para um rapaz, mas ouvi: «o resultado é "sexo feminino", uma menina».

Abri os olhos como se me tivessem beliscado. Teria ouvido mal? Pedi para repetir e a senhora confirmou. Eu devia ter a voz mais feliz do mundo, tapei a boca com a mão tal era a surpresa. E eu que até ali não tinha sentido qualquer alteração emocional provocada pela gravidez, chorei de tão feliz que fiquei. Morro de vergonha de admitir isto, logo eu sempre tão fria e rija, mas aconteceu.

Ainda não tinha chegado aos três meses de gravidez e eu já sabia o sexo do meu bebé. Umas semanas depois, em ecografia, por curiosidade perguntei à médica se conseguia ver o sexo. Sem certezas, a médica deu um palpite para rapaz. Já me enganava se não tivesse feito o teste! Ainda bem que o fiz, para mim foi dinheiro bem gasto.


Crónica publicada na página Universo do Bebé by Continente, aqui.


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© A Maçã de Eva

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