18.4.16

3h30 da matina, o meu blogue é um perigo



Esta noite, eram 3H30 da matina, houve na minha página quem tivesse preocupações graves. Isto sim são preocupações a ter em conta, coisa de tirar o sono. É o melhor uso que se pode dar às sinapses: separar o trigo do joio, o fundamental do acessório, o grave do indiferente, perseguir as verdadeiras problemáticas da sociedade.

Sempre acreditei que um dos maiores problemas na terra são as pessoas estúpidas. Sem estúpidos as pessoas saberiam respeitar as diferenças sem sacar de uma naifa, as mais variadas religiões poderiam conviver sem drama, não existiriam guerras, corrupção, aproveitamentos, desperdícios, nem se retiraria prazer em ferir os outros. Sem estúpidos, o planeta seria sem dúvida um melhor sítio para viver, pelo que grande parte do problema resume-se a pessoas de QI baixo. São um pincel da sociedade, um revirar de olhos.

São como as lêndeas, existem mas não servem para nada a não ser causar incómodos.

A internet podia ser um espaço espectacular, de uma imensa partilha e criatividade. Mas depois existem estas criaturas que em vez de terem consciência de si próprias, acham-se incrivelmente inteligentes. Eu, por exemplo conheço as minhas limitações e sei que não serei a pessoa mais inteligente do universo. Por que motivo não serão os outros capazes de ver as suas limitações? Porque são burros.

Esta gente é cheia de si própria, carregam certezas sobre a vida de quem nunca conheceram e nunca têm dúvidas sobre o que faz quem nunca viram. Estranho. São gentes que, espremido, não dão sumo. Não têm nada para acrescentar, não dão uma visão inteligente, um contributo construtivo, nada!

«isto não é publicidade encapotada????????? não reparei na adenda de "este post foi escrito em parceria com a blablabla"»

Segundo o dicionário, entre outros significados, encapotar significa esconder ou disfarçar. Em nenhum caso se aplica ao meu post porque SE não existe essa adenda, é porque... tcham, tcham, tcham!, não existiu uma parceria!

Uma leitura mais atenta (que a má vontade não permitiu), teria dado a oportunidade de ler no texto: "Ainda bem que aceitei o convite!". Um convite, lá está. Não fui contratada, não fui paga, fui convidada. E deixei isso bem expresso no texto porque, já se sabe, as sanguessugas dos blogues ficam doidas se não conseguirem saber qual foi a transacção.

No texto pode-se ler uma opinião honesta dos produtos que me ofereceram para experimentar, tão honesta que não desenvolvo a questão dos cremes de corpo porque, tcharaaam!, não tive ainda oportunidade de experimentar.

Menciono que aceitei um convite e depreende-se que recebi a oferta de cremes pela foto dos mesmos junto ao meu bikini. Para quem não sabe, esclareço que é normal, seja para blogues ou imprensa, receber a oferta de produto quando se faz um convite e isso não é um pagamento nem obriga a que seja divulgado. Blogues, imprensa e etc., são pessoas que recebem mil produtos e nem todos são divulgados. Pessoalmente, divulgo apenas e somente o que eu gosto e utilizo. Recebo muita coisa que acabo por oferecer porque não me diz nada (não se pode gostar de tudo). Em suma, quando uma marca faz um convite, arrisca-se a ver uma divulgação ou não. Não pedem para escrever, isso é indelicado, inconveniente. Fazem apenas um convite e aguardam o resultado, que tanto pode ser um texto como a ausência de qualquer menção.

Ainda para mais, no meu texto de opinião, acabo a pedir às leitoras que me mencionem um protector solar para a careca, algo que a marca não tem, o que pode dar azo a que num texto sobre uma marca se fale de uma outra marca concorrente. Isto parece publicidade encapotada? Um blogue escrever sobre uma marca e no fim pedir que me indiquem uma outra marca para um produto que não têm, será mesmo um texto de publicidade? Vou deixar a questão no ar para os mais inteligentes porque no caso da Nelma não devemos esperar mais de quem tão pouco para dar.

No entanto, não consegui deixar de reparar a forma aflitiva como se descreveu esta problemática social que são as opiniões de quem tem um blogue:

«Causa-me imensa preocupação (e muita muita vergonha) saber que há imensa gente que presta atenção àquilo que escreve. É assustadoramente perigoso».

Somos pessoas completamente diferentes, ora veja.

1. Coisas que na sociedade actual me causam preocupação:

- A guerra na Síria e o impacto na Europa.
- O terrorismo e a forma como se reinventa.
- O mundo que estamos a deixar à nossa descendência.
- Cruzar-me com um atentado numa das minhas viagens.
- A eventual existência de uma nova crise no meu país.
- Os meus negócios.
- A falta de saúde de pessoas a quem quero bem.

Aos haters causa preocupação que alguém possa ler a recomendação de um protector solar no meu blogue.


2. Coisas que considero assustadoramente perigosas:

- Viver no mesmo prédio que um integrante do Estado Islâmico.
- Andar sozinha à noite numa rua da Cidade de Juarez (México).
- Combinar um jantar com o Boko Haram.
- Assistir a um atentado.
- Sofrer de violência doméstica.
- Viver no mesmo prédio que um pedófilo.
- Viver no mesmo prédio que um sex offender.

Para os haters é um perigo que alguém possa ler a recomendação de um protector solar no meu blogue.

3. Coisas que me causam vergonha:

- Os haters.
- Pessoas que maltratam os outros por prazer.
- Atingir uma pessoa com um perdigoto enquanto falo.
- Ter um macaco no nariz numa festa.
- Fazer afirmações pouco inteligentes desprovidas de conhecimento factual.
- A hipótese de poder cheirar mal.
- Não saber escrever português.

Para os haters é uma vergonha que alguém possa ler a recomendação de um protector solar no meu blogue.

Só falta aos haters irem para a página deixar mais um daqueles comentários típicos deste tipo de gente: "ainda bem que me deu importância!". Não, ninguém deu importância. Isso é outro conceito. Deu foi nojo.


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© A Maçã de Eva

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