26.11.14

Dubai IV

Até já, aqui
Texto Dubai I, aqui
Texto Dubai II, aqui
Texto Dubai III, aqui


O Burj Al Arab é o hotel que normalmente faz capa para o Dubai (aqui). Não faço ideia o motivo, o Burj Khalifa (no post anterior) ganha aos pontos e nem sequer é possível entrar no Burj Al Arab, a não ser que seja hóspede ou tenha uma marcação para refeição (consta que o mais barato são 200$ por um lanche de chá e scones). Os pobres vêem as vistas para o edifício numa praia perto e alguns acotovelam-se perto da entrada, até onde os seguranças deixam ir, japoneses e chineses carregados de iPads a tirar fotografias com vista para edifício. Demasiado para mim, apenas passei com o carro e segui.

Esta praia ao lado do hotel é pública, qualquer pessoa pode estacionar o carro e estender a toalha na areia (há muita praias privadas). Em 2012 não era nada de especial, mas oh se mudou! Quando fomos pela primeira vez estava tudo em obras, algumas partes tapadas, imensos montes de areia, gruas, não era um cenário maravilhoso nem eu percebia o que andavam a fazer para ali.

Este ano já está tudo completamente mudado! A praia está limpa, há um passeio com uma parte de chão mole, muito ao estilo Califórnia, cheio de barraquinhas de gelados, hamburguers, sumos, há WC, chuveiros, relva. Está mesmo espectacular, fomos num Sábado (equivalente ao Domingo deles), portanto era tipo Oeiras ao fim-de-semana, mas esteve-se mesmo bem. Umas mulheres de bikini, outras de burka, nada de stresses, água maravilhosa e sol do bom. Recomendo uma visita a esta praia!

Também para estes lados há um bar e restaurante, o 360º, como o nome indica contam com uma vista de 360º e serve umas bebidas de fruta, bem catitas. No entanto, vou avisando, não conheço nenhum sítio no mundo onde o álcool seja tão caro como é no Dubai. Minha rica carteira! Mais informação aqui.








O Palm Jumeirah é aquela ilha artificial que vista do ar tem o desenho de uma palmeira (aqui). Em 2012 entrámos de carro por um túnel, fomos ao acaso, lemos as indicações na estrada e por ali seguimos à aventura. É bastante maior do que parece e é uma volta gira para se fazer, desde que não procurem entrar em todas as ramificações, senão nunca mais de lá saem. Aquilo é grande!

É uma obra fantástica, se pensarmos que tudo aquilo é criado pelo homem. A Palmeira tem casas, casinhas, zonas de lazer, hotéis, restauração, não deve faltar lá nada. Conforme nos afastamos de terra, as casas (com praias à porta) e os edifícios vão melhorando em termos de aspecto, opulência e, claro, vê-se logo quanto se investiu numas casas e noutras.

Na outra ponta da Palmeira, temos as vistas, mesmo ali junto a hotéis fantásticos. Nem sempre dá para parar o carro (não há bermas para isso), mas depois lá se encontra um sítio e a vista parece mesmo uma vista de NYC.











O mercado do ouro, Gold Souk (aqui), na parte velha da cidade, bem, digamos que não me esqueço o inferno que foi lá chegar de carro e, pior, estacionar. Irra, tanta gente, tanta mercadoria! É um passeio que não se pode perder, mas foi um pequeno inferno para encontrar (não tínhamos GPS) e outro inferno onde deixar o carro. Se for de carro, siga as indicações e estacione no mercado do peixe. Aí tem parquímetros e é um estacionamento como se fosse numa praça como as de cá. Dificilmente encontrará estacionamento no meio daquelas ruas arraçadas de Alfama, vendedores de um lado para o outro, mercadorias a arrastar, é mesmo complicado.

Melhor conselho ainda (se eu soubesse antes!) é estacionar no Dubai Mall (parque gratuito), apanhar o metro e ir descansadinho da vida. Não andei de metro, desci uma estação para ver como era: um luxo! Só é pena que não atravesse a cidade de uma ponta à outra, mas compreendo, é demasiado grande. Deve ser mesmo impossível.

Para ir ao Gold Souk, recomendo ir a um dia da semana bem cedo, do tipo estar lá às 9h. Originalmnete, o souk devia ser apenas na parte coberta, mas depressa alastrou para fora e aquilo é uma zona de comércio porta sim, porta sim, não faltam ourivesarias. Foi aqui que comprei a minha aliança. Eu já tinha procurado em Portugal, mas aquilo que eu queria, 4mm, amendoadas, era coisa que não saía dos 500/600€ cada uma. Ainda íamos no parque de estacionamento, o PAM já me estava a dizer "aqui é que podíamos ver se têm alianças", como quem não quer a coisa, algo que eu já levava mais que pensado. Não foi fácil encontrar alianças amendoadas, mas quando encontrámos estivemos que tempos dentro da loja. As horas que o homem levou a regatear! Depois foi mandar apertar, claro, não havia nada para os meus dedos de princesa. No fim de contas, cada aliança ficou-nos em 170€, a diferença! Saí da loja já com a aliança na mão, o PAM nunca usou a dele, diz que só usa se casar. Há-de apodrecer.

Quando cheguei a Portugal ainda me deram os medos de ter comprado ouro falso, fui saber, mas tudo certinho, é ouro 18K como na maior parte das vezes se encontra em Portugal.

A fotografia à porta da ourivesaria ainda a coloquei no FB pessoal e segui o meu passeio. Quando me liguei à net tinha um mundo doido a achar que tínhamos fugido para o Dubai para casar, a minha sogra a ligar à minha mãe, tudo nervoso porque ninguém sabia de nada e afinal era só uma simples compra.

No Gold Souk regatear sempre se gostar de alguma coisa, os preços estão feitos para regatear, não cair no erro de pagar o preço marcado. Nas ruas, há também muitas pessoas a chamar e convidar para entrar em prédios esquisitos, em becos ainda mais estranhos, para comprar imitações de malas e relógios. Nós fomos, mas porque o PAM se atirou à aventura. Entrámos num prédio com um elevador podre, tudo com muito mau aspecto, eu a dizer ao PAM "sabes que vamos sair daqui só com um rim, não sabes?", até que se abriu uma porta para um império de cópias. Pradas, Chanel, Gucci, you name it. Aquilo não é a minha onda, eu não tenho nenhuma loucura por malas dessas ainda mais falsas. Para mim tinha tudo um ar muito plástico, mas sei que há sítios com cópias que mal se consegue dar pela diferença entre o original e o falso.

Conseguimos regressar à rua com dois rins cada um.









(continua)

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© A Maçã de Eva

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