4.4.17
Um dia mato este gajo #85
O PAM é um homem de muita actividade física: ele é musculação, ele é treinos com personal trainer, ele é jogos e torneios de padel com os amiguinhos, todo ele é muito exercício físico.
No fundo tenho inveja de tanta força de vontade que o leva a ser magrinho, a comer tudo o que lhe apetece e a ser alvo de gozação por parte da minha família, em que alguns dizem que não pode carregar a Carmencita ao colo sob risco de se partir ao meio.
Mas regressemos ao padel. Há dias participou de um torneio que durou umas seis horas e chegou a casa com uns prémios simbólicos que devem ter sido fruto de patrocínios: barras de cereais, chocolates, gel de banho e outros artigos de higiene pessoal, nos quais se incluía um elixir oral de chá verde.
No dia seguinte, o homem fala comigo e eu sou projectada para trás.
- Cheiras a quê, por Toutatis??!
- Como assim?
- Cheiras a desinfectante!
- Ah, é o elixir que me deram ontem.
- É HORRÍVEL!
Pedi-lhe por favor, por todos os santinhos, que deixasse de usar aquilo, mas ele recusa-se com o argumento de que foi oferecido e agora tem de acabar a embalagem. E a embalagem ainda agora começou, camaradas!
O meu homem cheira a desinfectante vaginal para casos bicudos. Da boca.
Nem sou capaz de lhe dar um beijo e assim se estragam as relações, com a mania das poupanças. Para salvar esta relação cabe-me a mim o trabalho de fazer algo pelo nosso amor, deitando elixir no lavatório aos poucos, dia após dia, como se o frasco se gastasse rapidamente.
De certeza que ainda me desentope os canos e queima os cabelos que lá estiverem presos. Ao menos não se perde tudo.
©
A Maçã de Eva
This site uses cookies from Google to deliver its services - Click here for information.