2.6.16

"Eu sou muita forte nas redes sociais!", só que não


Nos últimos dias a minha vida profissional virou arma de arremesso na página de facebook. A cada coisa que escrevo e o leitor não gosta, leio coisas como "pode ser que nunca mais te comprem sapatos", "pode ser que as pessoas repensem comprar os teus bikinis!".

E embora isto não me faça mossa na facturação, pois não apago os comentários, continuo a esgotar modelos rapidamente e não ter mãos a medir, acho tão feio, mas tão feio, tão mau carácter desejar que o trabalho de alguém corra mal, que fico sem palavras.

Fico chocada, acho incompreensível que se possa desejar mau trabalho a alguém por uma razão fútil como "não concordo com nada do que dizes". Impressiona-me mesmo, mas por outro lado, quem escreve estas coisas só pode ser uma pessoa profundamente insatisfeita com a vida profissional, de outra forma não lhe ocorreria desejar uma coisa destas a alguém que, de forma evidente, se esforça por trabalhar e construir algo.

O que aconteceu ao "não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti"?

Há dias a Bad escreveu:

"Ontem fui-me deitar e o José Cid era uma besta. Hoje acordei e o Casillas é racista. Na semana passada era o cabelo da Mariza e na anterior o peito da Carolina (...)",


e fiquei a pensar nisto. Há mesmo muita dedicação ao cultivo de ódios. Sempre passei ao lado de todas estas questões e a única coisa que me deixou impressionada nunca foi o objecto de ódio, mas os comentários.

Nunca terão percebido as pessoas que se forem simpáticas para as outras temos retorno e os nossos dias são também mais simpáticos?

Voltando às piquenas que comentavam na mina página, deixo a pergunta para queijinho: se soubessem o que o Amancio Ortega pensa (dono do grupo Inditex com a Zara, a Pull and Bear, a Massimo Dutti, a Bershka, a Stradivarius, a Oysho, a Zara Home, a Zara Kids, a Uterqüe, a Lefties e se calhar outras), se não concordassem com opiniões dele, as meninas vestiam o quê? Também deixavam de lá ir?

É por isso que esse raciocínio é parvo, pouco abonador da inteligência e eventualmente hipócrita.

Convicta de que não me vou tornar um fantoche das minhas marcas com intuito puramente comercial, passando a ter medo de escrever os meus pensamentos e até a "gostar" de gatinhos e crianças (até porque não tenho jeito nenhum para ser mentirosa), deixo uma mensagem para o dia de hoje:



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