26.2.16

O cartaz do BE




Grande cena que este cartaz está a despertar na opinião pública. Esta manhã já me tinha cruzado com ele várias vezes nas redes sociais e liguei-lhe puto. Interessante tem sido ver ao longo do dia, também nas redes sociais, as pessoas enfurecidas com o cartaz.

Ora, a minha (muy importante) opinião tem sido, desde o início um sentimento absolutamente desinteressado: estou-me nas tintas. Não me poderia ser mais irrelevante. Quase me dá vontade de perguntar: incomodados com uma caganita destas? Não têm nada de mais relevante para preocupação?

Em primeiro lugar, tudo o que vem do Bloco de Esquerda, por si só, já não tem interesse, nunca são coisas para perder tempo. A minha imagem do Bloco de Esquerda são sempre uns tipos muitos feios (dentro do partido ou apoiantes), sempre com ares de quem não toma banho vai para mais de 15 dias, oleosos, com mau aspecto, homens preguiçosos para cuidar da barba, roupas que mais parecem saídas do caixote de lixo, camisas e calças sempre muito velhas e encardidas que mais parecem saídas de uma fotografia de 1970, magros, amigos da ganza (alguns), e este é o retrato geral. Porcos e com mau aspecto, na sua maioria.

Não há neste tipo de pessoas nada que eu admire, nenhuma pessoa que eu goste de ouvir, que lhe atribua carisma, que sinta que me dê algo a ensinar. Para mim são um bando de trafulhas a ver se conseguem a igualdade para todos, trabalhem mais ou menos, na apropriação de retirar a quem tem mais (porque trabalhou mais ou herdou) para distribuir pelos que não querem ser incomodado com trabalho e suor, mas exigindo em partes iguais o que os outros têm a mais do que eles.

Depois, a par do Bloco de Esquerda, vem a Igreja, que eu gosto tanto como de comer mousse de leite condensado com arame farpado. Assim que me falam em Igreja (não confundir com fé ou religião), começo logo a pensar em tarados com desejos sexuais oprimidos, pedófilos, esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro ao mais alto nível, segredos, escândalos, segredos e mais segredos. São também uma gente muito interessante que eu gosto de ver ao longe.

Acho estranho que o Bloco de Esquerda tenha tido esta ideia, não percebo para quê ir buscar uma cena religiosa (devem ter algum argumento para lá de espectacular que não estou a ver), mas lembremos o Charlie Hebdo, a fase em que éramos todos Charlie e que não tinha mal nenhum gozar com a religião muçulmana. Então e o Bloco de Esquerda não pode ter um cartaz de Jesus? Não faço ideia se tinha dois pais, mas percebo o gozo de provocar os católicos obcecados naquilo que alguém ditou que era pecado, agarrados à Bíblia escrita por um homem comum, perfeitamente alinhados naquilo que um livro diz, obedientes e simétricos qual exército da Coreia do Norte, mas totalmente incapazes de ter ideais diferentes, de pensar pela sua cabeça e de ter as suas vontades contrárias ao que a Igreja dita.

É-me igual ao litro se ali está Jesus, Maomé ou uma figura com 12 pares de braços, mas foi tanto Charlie para isto?


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© A Maçã de Eva

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