Texto "Paris de la France #2", aqui
Texto "Paris de la France #3", aqui
Este dia foi realmente curto para passear. Trabalhei como uma moura, mas ainda deu para aproveitar o fim do dia, com um pôr-do-sol espectacular.
Seguimos para a Praça do Louvre e dali passeámos pelos jardins em passo de caracol até cair a noite, apanhando o metro de regresso a casa na Praça da Concórdia.
Os jardins são uma delícia ao olhar. A sério, o que eu gostava de ter jardins assim em Lisboa, tudo tão bonito e arranjado, plantas e flores impecáveis, bancos arranjados sem porcaria, passeios limpos e tudo muito estimado pelos parisienses. Há cidades que convidam os habitantes a sair à rua e esta é sem dúvida uma delas.
Como diz uma amiga minha, chegando a Paris, visitando os jardins e olhando a grandiosidade das praças, aí é que se percebe o significado da expressão "à grande e à francesa". É mesmo aquilo, imponente até não caber nos olhos.
Não fazia ideia, mas ali perto, logo a seguir à Praça do Louvre, nos jardins à direita existe uma feira, com jogos, máquinas, vendas de produtos e muito crepes com Nutella. Não estava nem cheio nem vazio, estava no ponto e ali perdemos algum tempo em passeio.
Comi um maravilhoso crepe com Nutella, cheio de dentadas do homem que nem sequer liga a este tipo de doces.
Tanto o homem insistiu, tive de seguir com ele na roda gigante, a Roue de Paris, ao preço absurdo de 10€/pessoa. Tem de facto uma vista impressionante, tem-se uma óptima noção do ordenamento dos bairros próximos, é delicioso olhar para as águas furtadas dos prédios, as varandas mais altas e tivemos direito a isto com um tempo espectacular, mesmo ao cair do sol. Foi caro, mas não posso dizer que não gostei.
Mesmo antes deste passeio, aproveitámos para parar na Citypharma. Atenção, não se enganem, mesmo no início da rua existe uma outra farmácia que pode levar ao engano, devem ir à da Rue du Four, nº 26.
Esta farmácia já me tinha aparecido várias vezes em artigos de imprensa - muito antes de eu planear ir a Paris - e estava longe de imaginar a corrida que é. Ali vende-se todo o tipo de cosmética que se encontra numa farmácia, alguns artigos de higiene também de farmácia e dá a sensação que tem tudo menos medicamentos.
A primeira vez que entrei, voltei a sair. Não estava preparada para aquilo, perguntei a uma menina a que horas o espaço estava mais vazio e ela respondeu "agora está bom". Não dava. Estavam 40ºC, os AC deles nem estavam preparados para bombar e responder àquelas temperaturas e estava cheio, mas cheio de gente. Imaginem o Colombo a 24 de Dezembro. E agora multiplicai por 10 num espaço de uma farmácia que é grande, mas não é colossal. De fugir, nem eu resisti.
Voltei então neste dia, estava melhor quando entrei, mas à saída estava outra vez um inferno.
Ou seja, o que eu quero dizer é que devem levar doses especiais de paciência, vão andar aos encontrões, ter dificuldade para ver os produtos, o meu conselho é levarem listas do que querem e ir enchendo os cestinhos. É um pincel, mas os preços são inacreditáveis, alguns a metade do PVP em Portugal.
Contem com marcas como a Avène, La Roche Posay, Bioderma, Uriage, Nuxe, Caudalie, Vichy, Roc, Biotherm, Lierac, Mustela, solares, anti-rugas, hidratantes, cremes de banho, é um mundo sem fim, muita coisa com preços catitas (outros não tão diferentes, depende) que dá vontade de perder a cabeça.
(continua).