A minha mãe é designer. E sendo uma boa designer, é óbvio que toda a vida me tenho pendurado nela para me ir fazendo umas coisas.
Isto ganhou outra relevância a partir do momento em que criei a minha marca. Rabisquei um logo e "mandei" fazer. O logo, os cartões, as caixas, e muitos etcéteras.
E como eu, ali bate à porta a família inteira para fazer isto e aquilo, em busca de favores. A partir de determinada altura passei a fazer pagamentos, que são pagamentos muito simbólicos, não me custa o mesmo do que se tivesse de ir bater à porta de uma designer. Pago umas coisas, outras não e o que me interessa é que posso confiar cegamente que dali sai um bom trabalho. É que nem me preocupo com coisas como "de que tamanho queres os cartões?", "como quiseres". Ter a minha mãe como designer poupa-me o trabalho de não ter de pensar em coisas pequeninas. Mas se eu digo à designer que isso para mim são "coisas pequeninas", é um ohmeuDeus!
E a minha mãe tem um computador que detesto, inoperável para os mortais, mas de onde saem coisas lindas, um MAC.
É ali que estão guardados os meus logótipos e todos os documentos que me desenhou. A pasta podia ter o meu nome, o nome da minha marca, primogénita (já que sou a primeira filha), filha mai'linda, mas não, nada disto. Demorei mais de um ano para descobrir que a minha pasta chama-se:
"clientes de merda".
Isto é mesmo pedir para a deixar num lar...