14.3.18
Happy New Year 2018! – parte 1
Feliz ano novo! Weee!
Ainda estamos no primeiro trimestre do ano, vou a tempo de resoluções de ano novo? Queiram perdoar este enorme atraso, mas agendei na minha cabeça um post sobre os meus desejos para 2018 e não havia meio de o publicar.
Tempo, ter tempo, torna-se um óbvio objectivo para este ano. É das coisas que mais preciso e aliás escrevo este texto no avião a caminho do Rio de Janeiro porque não me é possível trabalhar noutras coisas sem ter acesso à net. Em suma, é evidente que para poder dedicar-me a algumas coisas, só mesmo forçada, como agora.
Nos últimos meses, ter tido a Carminho tem-me feito pensar muito no que quero para agora e para amanhã. Que futuro estou a cultivar? Apesar de já ter uma boa equipa nos meus negócios, sinto que estou sempre a trabalhar. Quando a Sirly vai embora ao final do dia, fico com a miúda, às vezes a olhar para o relógio para ver quanto falta para se deixar dormir. O cúmulo foi no primeiro aniversário dela, estar pronta para sair de casa e jantar com o avô dela, e pensar que precisava tanto de estar a trabalhar.
Isto não faz sentido. E o tempo passa rápido. Juro que passa. Se antes de ter filhos achava que o tempo passava rápido com colecções de verão e de inverno a sair umas atrás das outras, agora com a Carminho parece que entrou em modo turbo. Ela está tão gira, numa fase tão querida, sou mesmo da opinião de que os bebés deviam chegar mais ou menos com 10 meses ou um ano. E sabendo que o tempo passa a correr, que agora é que começa a ser giro, que logo que entrem na escolaridade obrigatória ficam parvos, o que é que eu vou aproveitar?
Preciso de tempo, somei negócios, nunca guardo arrependimentos, mas a verdade é que isto já é muita coisa e eu quero poder trabalhar durante o dia, não pegar no computador à noite, não trabalhar de madrugada, não cancelar férias nem viagens, deixar de ter vida social a pensar que tinha era de estar a trabalhar. Se acontecer, que seja excepção e não um hábito quase diário, como tem sido.
Sempre disse que a ROS LISBON era a menina dos meus olhos, o meu primeiro negócio. Tinha-lhe um desmedido sentimento de posse, mas quando à falta de tempo se soma um ciclo vicioso de não conseguir fazer tudo, viver com atrasos, nervos e ansiedade, ser menos produtiva porque não está a correr tudo dentro dos planos – e oh!, se os negócios têm imprevistos! – temos de parar para pensar. E suspirar. E pedir opiniões às pessoas de quem gostamos e cujo raciocínio valorizamos.
A sensatez é imperativa para quem tem negócios. É preciso olhar para dentro e conhecer os nossos limites. Com o crescimento da minha marca de sapatos, comecei a chegar a um ponto que não conseguia acompanhar. E então fiz uma coisa que me custou horrores, mas custou mais pensar do que decidir, porque foi uma ideia bem amadurecida: vendi metade da ROS LISBON.
Se me dissessem que um dia iria fazer isto, gritaria “NUNCA!”. Mas estou muito em paz com a decisão e até contente. Acho que vai ser uma boa aposta.
Metade da ROS LISBON é agora também do JC, que já é meu sócio na ROS Beachwear e no The LOFT, um gestor de mão cheia, com quem me entendo perfeitamente, que trabalha como eu e juntos já levamos um historial de empreendedorismo com alguns anos que têm chegado para provar que nos entendemos. Grande profissional de gestão e finanças, não quereria vender metade da minha marca a nenhuma outra pessoa.
Isto vai permitir ter duas pessoas focadas a lutar pelo mesmo, vai permitir-me abrir mão de ter de gerir uma equipa (não é o meu forte), vai permitir-me concentrar-me no que realmente gosto de fazer, pesquisar materiais, fornecedores/fabricantes, ter ideias e construir colecções. O processo criativo é que é giro, é todo meu. O resto, finanças em geral, páginas excel, gestão de colaboradores, stocks, passo ao JC, obrigadinha.
Nada temam, a marca continuará igual, continuo a escolher materiais e modelos, o JC não terá mão nesse processo. Quer dizer, continuará igual mais ou menos. O bom disto é que passa a haver mais força de trabalho, a marca ROS vai crescer, vai tornar-se maior e mais completa, vêm aí novidades do catano! Mas mesmo!
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A Maçã de Eva
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