A Tartar-ia fica no Mercado da Ribeira em Lisboa. Descobri este espaço por acaso, ou melhor, quem o descobriu foi o PAM.
Num espaço com tanta oferta, temos de reconhecer que nem sempre é fácil "deixar entrar" uma novidade na lista de experimentações, quando já conhecemos o que é bom. Mas sem isso, também ficam por descobrir surpresas.
Já não me lembro quando foi, num qualquer jantar, eu fui para um lado pedir a minha refeição, ele para outro e encontramo-nos numa mesa. Quando cheguei, fiquei logo de olhos vidrados no prato dele. E quando provei, arrependi-me de não o ter acompanhado.
Não há palavras para o bom que são estes tártaros, para a sensação de "não faço ideia o que está neste prato mas é explosivo", para algo que é impossível de fazer em casa, para uma refeição tão boa que nos perdura na memória e estamos sempre com vontade de voltar.
Depois disso, sempre que voltamos ao Mercado da Ribeira, é ali que comemos. Até à data, a Tartar-ia deixou-nos completamente fechados à possibilidade de experimentar coisas novas.
Suspeito que podia comer comida crua a vida inteira. E tenho a certeza que podia dormir ali ao lado do frigorífico, alimentar-me ao almoço e ao jantar, não fazia fitas.
Temos escolhido sempre o tártaro de salmão de 150gr., mas já experimentei o bife tártaro (acompanhado por um espuma de puré de outro mundo, nem sei o que continha), também muito bom, mas o peixe cru bate forte cá dentro e sou muito fã de nabo (?) em fios.
É divinal, imperdível, só tenho pena que não seja mais barato e estaríamos por lá sempre à abertura de portas. Por dois pratos iguais ao da imagem, uma refeição light, e um copo de vinho branco, pagámos 31,50€.
Recomendo vivamente.