21.9.15

Dar, passear e comer travesseiros



Ontem enchi o carro e levei sacos e mais sacos e mais sacos - alguns com medo que se rasgassem de tão cheios - de bens em boas condições para os refugiados que vão ser recebidos em Portugal, como escrevi aqui antes. Tanta roupa de casa, tanta roupa pessoal e até brinquedos recolhi em casa dos amigos!

À medida que enchia sacos e os depositava na entrada de casa, não queria acreditar na quantidade de coisas que acumulamos ao longo do tempo e vamos deixando a ocupar espaço. Ou porque pode vir a dar jeito (não dá, nunca nos lembramos que aquilo existe) ou porque deixamos as arrumações para "um dia destes".

Somos uns privilegiados, nem sequer tomamos conta do espaço que em casa é ocupado desnecessariamente. E faltam palavras para a volta que dei no armário do PAM, ele que disse que não tinha nada para dar. Quando fomos ver com olhos de ver, eram sacos e mais sacos. Há sempre coisas para dar.

Entre as arrumações, o PAM foi ter comigo dizendo que uma antiga namorada o tinha contactado e queria ajudar também. Como a palavra passa! Ao fim de uns minutos estava a falar com a Maria que, longe de eu imaginar, era leitora do blogue. Por isso, vão passando a palavra, comprometam-se a passar em casa de familiares e amigos para encher o carro.

É a Joana Ribeiro, da Oficina Rústica, que gere isto tudo com a maior boa vontade e que na sua empresa não esquece a responsabilidade social de ajudar o próximo, sendo que muitas vezes oferece camas para crianças a instituições e causas (contactos da Joana abaixo).

Quando entrei no espaço da Oficina Rústica, não queria acreditar! Honestamente, tudo o que é mobiliário de criança, para mim tende a ser muito saloio, vá, parolo, com falta de gosto. Mas na Oficina Rústica encontram peças fabulosas e - com este plus - de qualidade! Não é o mobiliário que ao fim de uma horas começa a guinchar, este vê-se mesmo que é diferente.

Tive de dar a volta à loja, que é grande, e quando regressei ao carro disse que se tivesse filhos, este beliche não me escapava. É tão, mas tão giro!




Adiante, muitas pessoas me perguntaram o tamanho da família que ia ser recebida no Cacém e aproveito para explicar que é indiferente: o que não servir para esta família, vai servir para outra, tudo é organizado pelo Conselho Português para Refugiados, pelo que ficará em boas mãos.

O que dar? Tudo o que uma casa precisar: lençóis, cobertores, toalhas, roupas, sobretudos, bens de higiene pessoal (gel de banho, escova de dentes e afins), talheres, electrodomésticos, etc. 

Os vossos sacos podem ser deixados nas seguintes moradas. É só ligar para terem a certeza que a porta está aberta e contribuir!

Terrugem Park, Loja 24 (Loja da Oficina Rústica)
Contacto: Joana Ribeiro (211 509 916)

Fábrica da Oficina Rústica (atrás do Retail Park)
Rua Retiro dos Pacatos, nº 43, Rio de Mouro 
Contacto: Joana Ribeiro (211 50 9916)




Aproveitando que estávamos perto de Sintra, depois da boa acção fomos comer uns travesseiros de amêndoa à Piriquita e dar um passeio a pé pelos jardins, juntando o útil ao agradável. Uma pessoa merece!


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© A Maçã de Eva

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