31.7.15

Serão os homens todos iguais?

São.

Pronto, até pode de parar de ler o texto aqui e ir para casa, está respondido.

Ao longo da minha vida como adolescente, jovem e depois mulher, perguntei-me várias vezes porque seriam os homens tão imaturos. Uns atrás dos outros. Atitudes parvas de trânsito, fúrias porque o condutor do carro verde não deixou passar, cenas porque a equipa de futebol perdeu, porque o jogo de computador não obedece aos comandos, tudo merdas sem importância. Merdas mesmo, daquelas que chegando ao final da vida um gajo se pergunta "err... o que foi aquilo?" e finalmente chega a pontinha de vergonha na cara, mas já com um pé na cova. Tarde!

Durante muitos anos achei que tinha azar, que escolhia homens imaturos a dedo. Cada tiro, cada melro. Os homens chegam a ter reacções de dar dó e inclusivamente vergonha alheia. Oh, quantas vezes sofri e tenho sofrido do mal de vergonha alheia! Acredito que existam homens sem rasgo de imaturidade, devem representar 0,00000000000001% da população masculina, não nego a sua existência, mas como são raros! Nunca avistei nenhum.

Uma das coisas maravilhosas que aprendi na minha viagem a Paris, em que viajei com outras pessoas, foi que outros casais têm momentos iguais aos meus patrocinados pela imaturidade masculina, pequenos momentos de oiro que dão vontade de fazer uma bola junto ao peito enquanto rangemos os dentes, atiramos ao ar e chutamos com o pé para Júpiter. Juro que fiquei feliz, não me senti sozinha, aparentemente estes momentos de merda provocados por homens e exclusivamente pela sua imaturidade, existem noutras relações.

Chatices têm todos, nada de novo, já todos discutiram, faz parte. Mas refiro-me àqueles momentos em que o homem entra numa espiral de estupidez e a cada 10 segundos regride mais um ano de idade até ficar ali nos 10 ou 12 anos, impossíveis de aturar e insistindo na imaturidade de tão irritadinhos que estão, coitados. São daqueles momentos em que penso "será que casei com um merdas?", momentos de puericultura que levam uma mulher pensante a questionar tudo até a calma regressar e não sei mesmo se neste processo de regressão lhes caem os pêlos do peito. Afinal, puto é puto.

Mas valha-nos isso! Depois de algum tempo tudo regressa à normalidade. Podem até pedir desculpa, mas não acreditem no "não volto a repetir", isso é uma poia sem valor nenhum. O "desculpa" é só até uma próxima vez, eles não resistem, gostam de insistir no erro.

A minha observação de outros casais diz que não encontraria um homem diferente em lado nenhum e que estes momentos embora não devam ser esquecidos (até porque uma mulher nunca esquece), devem ser por vezes propositadamente desvalorizados apenas para comprar a paz no lar. A Natureza fez-nos por demais diferentes: as mulheres são racionais, pensantes; os homens são quadrados.

Os homens são imaturos, está-lhes no sangue, não há como fazer uma dissociação. Explicando de forma simples, as mulheres têm maminhas, todos sabemos, umas mais pequenas, outras maiores, mas todas têm. Os homens por sua vez nunca crescem, são imaturos ao longo de toda a sua vida (embora não sempre), uns com maior ou menor frequência, mas são sempre.

E prontus, um vídeo para alegrar consciências, uma chapadazinha de realidade e lembrar que não acontece só aos outros e que não existem imortais, que não controlam a estrada, que ninguém é mesmo assim tão bom e que a cautela, a distância de segurança numa auto-estrada, nunca fizeram mal a ninguém, e que ninguém é mais homem por fazer aceleradelas em estrada só porque o coitadinho se enervou, ninguém pode dizer mal da sua condução. Na verdade, há que lembrar que essa atitude não é de macho, de homem valente, na realidade é mesmo de puto, de acéfalo, sem margem para dúvidas.

E da próxima vez que me pregar um susto, daqueles que o coração salta da boca e vai parar às mãos, terei de lhe cortar os testículos titânicos que acha que tem para perder alguma virilidade.

E se querem comprar a paz lá em casa, façam o mesmo ou dêem o texto a ler. Eles são parvos, mas sabem ler.






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© A Maçã de Eva

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