11.3.15

Por que dais acesso à net aos grunhos, Deus meu?

Estou em crer que existem três tipos de pessoas utilizadoras de internet:

1. As normais, onde acredito inserir-me, pessoas que usam a internet de forma pacífica, escolhendo aquilo que gostam de ler, afastando-se do que não faz o seu género de leitura, não levantam ondas, quando não gostam de algo encolhem os ombros e seguem a sua vida em vez de comentar "ficas mesmo feia com esse vestido!", "o teu nariz é nojento", etc. Fazem um uso da internet quase delicado: procuram retirar informação, divertir-se, não comentam excepto quando têm algo a acrescentar, não dão opiniões negativas que nada acrescentam ao mundo na página dos outros, não retiram prazer em ler pessoas das quais não gostam. São pessoas sãs do ponto de vista mental.

2. As estúpidas (patologia mental, com possibilidade de tratamento), lêem com mais atenção que ninguém as páginas de que não gostam (mais do que os fãs assumidos), têm a mania que conhecem os autores de blogues, entendem que a sua opinião é de suma importância tendo sempre de a dar, nunca se colocam em causa, têm sempre razão, têm a mania que têm personalidades "fortes", que ninguém as cala, confundindo personalidade e franqueza com indelicadeza. Um passeio na internet serve para azucrinar os outros e nada mais, isso é a verdadeira diversão. Perseguem, procuram falhas, apontam o dedo sempre que existir oportunidade, gozam, cospem, são adoradores de bullying. Geralmente têm muito tempo livre e uma vida social miserável. Estas pessoas não deviam ter acesso à internet.

3. As burras (balhameDeus, é preciso muita paciência, patologia sem possibilidade de tratamento), as que usam a net sem saber como a usar, que desconhecem princípios básicos de convivência online, que não sabem solicitar uma encomenda, não sabem responder a um comentário, não sabem consultar informação, contribuir para um estudo, não sabem nada! Estas pessoas deviam utilizar a internet com supervisão.


Não perdendo tempo com os que sofrem de patologia mental, vejamos quanto a esta última espécie:

Amigo abre negócio no ramo da restauração

Amigo abre página de FB.
A página de FB permite atribuir estrelas para classificar a qualidade do negócio.
Amigo está cheio de pontuações de 5 estrelas, o máximo permitido.

Amigo recebe atribuição de 1 estrela por alguém que nunca foi cliente e que comenta: "nunca provei, mas tem um aspecto delicioso!". Esta besta arruína a média conseguida ao prestar qualidade e um bom serviço, fruto de muito trabalho.


Amiga nutricionista abre página de FB

A página de FB permite atribuir estrelas para classificar a qualidade do negócio.
Amiga está cheia de pontuações de 5 estrelas, o máximo permitido.

Amiga recebe atribuição de 1 estrela. A agência de comunicação pergunta quem é aquela paciente, dão o nome da pequena, o que terá acontecido? Nutricionista procura, procura, e constata que a criatura nunca foi paciente. Agência de comunicação entra em contacto com a pessoa em questão e pergunta o motivo para tão baixa atribuição de estrelas, não sendo paciente: "ah, achei a página tão bonita, não sei como fiz, agora não sei tirar". Isto é uma calamidade, tirem estas pessoas da internet!


Amiga tem loja de artigos de decoração

Amiga recebe encomendas via FB e via e-mail. Amiga recebe e-mails que perguntam: "qual é o preço?". Preço do quê, caraças?!


Isto é um flagelo. Um flagelo. O tempo que estas almas perdidas e condenadas fazem perder a quem tem coisas para fazer.




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© A Maçã de Eva

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